Cultura

Proposta de concessão do Coliseu sai reforçada com aprovação do Conselho Municipal de Cultura

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O Conselho Municipal de Cultura aprovou, esta manhã, sem votos contra, a proposta de recomendação do Município do Porto para concessionar o Coliseu. Esta foi a segunda convocatória realizada para apreciar as alternativas relativamente ao futuro da sala, mas a primeira em que foi votada uma proposta de recomendação, que será agora enviada à assembleia geral dos Amigos do Coliseu, a quem cabe a decisão.

Depois de uma primeira reunião, realizada no final do mês de janeiro, em que os associados de referência da Associação dos Amigos do Coliseu do Porto - Câmara do Porto, Área Metropolitana do Porto (AMP) e Governo (representado pela Secretaria de Estado da Cultura) - informaram os conselheiros sobre as debilidades do emblemático edifício, com necessidade de obras avaliadas em 8,5 milhões de euros, dizendo-se a favor de um modelo de concessão e gestão do equipamento cultural privado, o Conselho foi novamente convocado, por Rui Moreira, para nova sessão, de modo a apreciar a melhor solução para a reabilitação e funcionamento do Coliseu.

No encontro, hoje realizado, uma proposta de recomendação estava em cima da mesa: "O Conselho Municipal de Cultura recomenda aos associados da Associação dos Amigos do Coliseu do Porto, que aceitem a proposta da Câmara Municipal do Porto, do Governo e da Área Metropolitana do Porto, para a concessão do espaço, nos termos em que foram apresentados a este Conselho" e foi precisamente esta que vingou entre os mais de 20 conselheiros presentes na reunião, reforçando assim a posição dos principais associados dos Amigos do Coliseu.

Não foi, por isso, necessário, sequer, votar a proposta alternativa, que ponderava sugerir ao Governo e à Área Metropolitana que pudessem acompanhar o Município no financiamento para os investimentos necessários na sala de espetáculos, sendo do conhecimento público que a Câmara do Porto mostrou-se disponível para contribuir como parte da solução, ao longo dos últimos seis anos.

Na reunião, o presidente da AMP, Eduardo Vítor Rodrigues, reiterou que não há fundos comunitários disponíveis para as prementes obras do Coliseu e concordou que a concessão é a melhor solução para o futuro do equipamento cultural, com uma assinável história de resistência na cidade do Porto.