Educação

Projeto Educativo do Porto é um exemplo para o país

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O Projeto Educativo
Municipal do Porto "permite alimentar a esperança de que estamos no caminho
certo", podendo ser estendido a todo o país. A declaração é de Laborinho Lúcio,
hoje apresentada na abertura das IV Jornadas do PEM Porto, um processo feito
com mais de 60 parceiros.


Um projeto educativo construído à medida da cidade, onde as
entidades externas têm um papel fundamental. Foi desta forma que Guilhermina
Rego, vice-presidente da Câmara do Porto e responsável pelo pelouro da
Educação, abriu hoje as IV Jornadas do PEM - Projeto Educativo Municipal, que
decorrem até amanhã na Biblioteca Municipal Almeida Garrett.


O PEM Porto é um processo partilhado, considerado pelos
agentes como um "work in progresso", que engloba diferentes entidades (mais de
60 parceiros), atuando na educação formal e não formal, numa lógica da educação
ao longo da vida.


"Considerámos que o projeto educativo municipal devia ir
mais longe, no sentido de conseguir contemplar aquilo que efetivamente são as
vontades, os desejos de quem está no terreno e, portanto, não podíamos ficar
por aquilo que era a oferta do município", referiu Guilhermina Rego ao fundamentar
a iniciativa.


O PEM encontra-se ancorado nos princípios da rede de Cidades
Educadoras, da qual o Porto é membro, e pretende contribuir para a consolidação
de uma sociedade de conhecimento inclusiva, estimulando a aprendizagem e a
inovação de uma forma articulada e otimizada com diversos agentes da
comunidade.


Ao longo do ano letivo, os vários grupos de trabalho
analisaram problemas e desafios na educação, e definiram eixos prioritários de
ação, apresentados nestas jornadas.


"É um projeto ambicioso, mas requer necessariamente o
envolvimento de cada um e de todos em conjunto. Não vale a pena o Município estar
a traçar um conjunto de objetivos, de indicadores, se não houver a colaboração
dos demais agentes", sublinhou a responsável.


Laborinho Lúcio, antigo ministro e embaixador do PEM Porto, referiu
em intervenção gravada, dado não poder ter estado presente, que o Plano
Educativo Municipal do Porto pode ser estendido a todo o país.


Após uma reflexão sobre o papel da escola no pós 25 de abril
de 1974, enquanto instituição pública, o magistrado considerou que a inclusão e
o conhecimento devem ser pilares de construção para o modelo educativo de
escola, sendo, o Porto, um exemplo.


"É muito importante partirmos das crianças e dos jovens para
a construção do modelo e não continuarmos a insistir na ideia de que o modelo é
brilhante e é dele que temos que partir para as crianças e jovens", referiu.


Para Laborinho Lúcio é um projeto educativo municipal
como o do Porto que "permite alimentar a esperança de que estamos no caminho
certo".