Ambiente

Projeto ajuda a devolver floresta nativa à Área Metropolitana do Porto

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Em 190
hectares da Área Metropolitana do Porto (AMP) há uma nova floresta nativa a crescer. O "FUTURO -projeto das 100.000 árvores na Área Metropolitana do Porto" já plantou
mais de 81 mil árvores, especialmente carvalhos, sobreiros, medronheiros e
castanheiros, em terrenos outrora abandonados, queimados ou invadidos por espécies
exóticas.


Este
projeto, que arrancou em 2011, aposta na melhoria e
expansão das florestas urbanas nativas nos 17 municípios da AMP, através da
plantação de 100 mil árvores.


Entre
setembro de 2011 e junho de 2016, segundo dados divulgados num artigo publicado
pelo revista online "WILDER - Rewilding your days" a 17 de agosto, foram
plantadas 81.369 árvores e arbustos em 190 hectares de 15 municípios: Arouca,
Espinho, Gondomar, Maia, Matosinhos, Oliveira de Azeméis, Porto, Póvoa de
Varzim, S. João da Madeira, Santa Maria da Feira, Santo Tirso, Trofa, Vale de
Cambra, Valongo e Vila do Conde.


Grande parte
da estratégia do FUTURO passa por plantar 41 espécies autóctones de Portugal.
As cinco espécies mais plantadas, até ao momento, são o carvalho-alvarinho (22.374 árvores), o sobreiro (11.727), o medronheiro (10.747), o
castanheiro (4.773) e o bordo-de-Montpellier ou zêlha (2.663). Em média, estão
plantadas 449 árvores por hectare.


"Queremos recuperar áreas que arderam há uns
anos atrás. Depois deste ano, vai haver muito a fazer", disse à Wilder Marta
Pinto, coordenadora do projeto. Segundo Marta Pinto, ainda que "os fogos de
grande dimensão levem tudo à frente, a barreira de floresta nativa consegue
travar fogos de média dimensão".


O Município
do Porto, com território essencialmente urbano, tem contribuído em grande medida através do viveiro municipal, que produz mais de uma dezena espécies para depois serem replantadas
por toda a AMP. A área
de viveiro, formalizada através de um acordo de colaboração com o CRE.Porto
(rede na qual nasceu o projeto FUTURO), contempla a cedência de 250 m² de área
em estufa e 400 m² de área em canteiro exterior, bem como colaboração dos
operacionais da autarquia em atividades de preparação da sementeira, repicagem,
monda, plantação e rega regular.


O FUTURO foi distinguido, em 2015, pela Universidade das Nações Unidas (UNU) como
"Projeto de Excelência", no âmbito do 9.º Encontro Global dos Centros
Regionais de Excelência em Educação para o Desenvolvimento Sustentável, que
decorreu em Okayama, no Japão. A iniciativa portuguesa "destacou-se na
categoria de Capacitação e Envolvimento da Comunidade através da
Educação-Ação".