Ambiente

Primeiro bosque urbano da cidade começou hoje a ser plantado junto à VCI

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O primeiro Biospot da cidade do Porto começou hoje a ser plantado no nó do Regado, junto à Via de Cintura Interna, numa área com cerca de 3,5 hectares. Até final da semana, o espaço vai receber quase 800 árvores e arbustos, criando o primeiro de 14 novos bosques urbanos que nos próximos cinco anos vão ser instalados ao longo dos nós e taludes da VCI.

O ato simbólico da plantação da primeira árvore foi esta manhã assinalado pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, numa cerimónia que juntou vários elementos do executivo, representantes da Área Metropolitana do Porto e o vice-presidente da Infraestruturas de Portugal, entidades parceiras do projeto.

A rede de Biospots que agora se inicia vai transformar radicalmente a paisagem urbana da cidade, uma vez que o projeto implica a plantação massiva de 10 mil novas árvores e arbustos durante os próximos cinco anos.

"É quase como se estivéssemos a construir um Parque da Cidade ao longo dos vários nós de acesso à VCI. É claro que não são zonas acessíveis ao público, mas são zonas visíveis a todos e que vão passar a ter um impacto muito positivo, quer ao nível da paisagem urbana, quer ao nível do ambiente e da própria limpeza e manutenção destes espaços, que passará agora a ser praticamente nula", destacou o presidente da Câmara do Porto.

Neste primeiro espaço, localizado no nó do Regado, em Paranhos, junto ao acesso da Via Norte, serão plantadas até ao final desta semana um total de 735 árvores e arbustos, entre medronheiros, bétulas, castanheiros, lódãos, aveleiras e ciprestes, todas cultivadas nos Viveiros Municipais do Porto. A escolha por estas espécies autóctones resultou de um estudo de avaliação realizado por investigadores de várias universidades do Porto.

Filipe Araújo, vereador do Pelouro do Ambiente e Inovação da Câmara do Porto, realçou a importância da criação destes bosques urbanos, enumerando alguns dos impactos que estas novas árvores vão criar: "Além da componente paisagística, os serviços ecológicos que estas árvores prestarão em adultas podem ser avaliados em cerca de 500 mil euros ao ano, porque vão reter poluentes e águas e sequestrar cerca de 50 toneladas de carbono/ano, melhorando substancialmente a qualidade do ar".

O próximo Biospot a ser criado será no nó de Francos e deverá estar concluído até meados do próximo mês de abril.

A primeira fase da rede de Biospots totaliza cerca de 17 hectares e permitirá plantar 10 mil novas árvores no espaço público da cidade até 2021. Os 14 espaços serão criados maioritariamente junto aos nós, taludes e áreas verdes laterais da Via de Cintura Interna.

A iniciativa resulta de uma parceria entre o Município do Porto, a Infraestruturas de Portugal e a Área Metropolitana do Porto, estando enquadrada num programa mais amplo, designado por "Futuro - projeto das 100.000 árvores na AMP'.