Cultura

Prémio de Arte Paulo Cunha e Silva anuncia os seis finalistas da segunda edição

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Já são conhecidos os seis artistas finalistas da

2.ª edição do Prémio Paulo Cunha e Silva: Basir Mahmood, Steffani Jemison, Firenze Lai, Lebohang Kganye, Song Ta e Shaikha Al Mazrou.

O júri - composto neste ano pelos artistas Isabel Lewis e John Akomfrah e pelos curadores e investigadores Margarida Mendes e Shumon Basar - analisou os portefólios dos 48 nomeados por um conjunto de 16 curadores, indicados pelos quatro jurados.

Os finalistas provêm de diferentes geografias e desenvolvem práticas artísticas extremamente diversas. Basir Mahmood (Paquistão) trabalha sobretudo com vídeo, filme e fotografia, entrecruzando várias linhas de pensamento, constatações e discernimentos em sequências poéticas e várias formas de narrativa.

A artista Steffani Jemison (Estados Unidos da América) utiliza vários meios para explorar a ideia de improvisação, repetição e o elemento fugidio na história dos negros e na cultura vernácula, e o seu trabalho recente aborda a privacidade e a opacidade como estratégias de abstração e de resistência política.

Firenze Lai (Hong Kong) procura, através de representações figurativas abstratas, compreender a forma como os indivíduos ajustam a mente e o corpo para se adaptarem às circunstâncias em que se encontram envolvidos.

Mais conhecida pelo seu trabalho em fotografia, Lebohang Kganye (África do Sul) incorpora frequentemente na sua obra o interesse por escultura, performance, instalação e filme, onde explora uma história fictícia recorrendo a arquivos para combinar personagens ilusórias com personagens "reais" num novo universo.

Os trabalhos de Song Ta (China) baseiam-se nas suas observações da realidade social e da vida quotidiana com uma prática que inclui artes visuais, instalação e performance e que procura provocar e antagonizar as fronteiras estabelecidas entre definições de arte comerciais e institucionais.

Shaikha Al Mazrou (Emirados Árabes Unidos) trabalha com materiais produzidos industrialmente e experimenta a cor e a forma para criar arranjos geométricos abstratos. As suas esculturas e instalações materializam-se como simples gestos que enfatizam a representação de tensão, peso e espaço.

O júri da 2.ª edição do Prémio Paulo Cunha e Silva considerou que esta lista reflete a globalidade da arte e o facto de os consagrados centros de produção cultural não poderem já ignorar a existência de novos polos. Segundo os jurados, os seis artistas articulam a partir de diferentes vozes e práticas artísticas, de forma particularmente acutilante, o momento presente e até o sentido dos momentos que se avizinham.

A exposição coletiva com o trabalho dos seis finalistas será inaugurada na Galeria Municipal do Porto a 9 de junho de 2020, de forma a assinalar simbolicamente o dia de nascimento de Paulo Cunha e Silva. Após avaliação das obras apresentadas, no decorrer da exposição, o júri deliberará sobre o vencedor.

O Prémio Paulo Cunha e Silva foi criado pela Câmara do Porto em homenagem ao ex-vereador da Cultura que exerceu funções desde setembro de 2013 até 11 de novembro de 2015. Com o valor monetário de 25 000 euros, é destinado a artistas internacionais com menos de 40 anos e que não tenham apresentado mais do que uma exposição individual em espaços de arte internacionalmente reconhecidos.

A primeira edição do Prémio, que decorreu entre 2017 e 2018, teve como finalistas Christine Sun Kim (Estados Unidos da América), Jonathas de Andrade (Brasil), June Crespo (Espanha), Mariana Caló e Francisco Queimadela (Portugal), Naufus Ramírez Figueroa (Guatemala) e Olga Balema (Ucrânia). A exposição coletiva com as obras dos finalistas decorreu na Galeria Municipal do Porto, entre 9 de junho e 19 de agosto de 2018, durante a qual o júri decidiu por unanimidade atribuir o Prémio a Mariana Caló e Francisco Queimadela.

+Info: Prémio Paulo Cunha e Silva