Sociedade

Porto/Post/Doc e a idade da juventude

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Foi hoje apresentada
a programação para a segunda edição do Porto/Post/Doc - Festival Internacional
de Documentário e Cinema do Real do Porto -, que decorrerá entre 1 e 8 de
dezembro, no Teatro Municipal Rivoli, no Cinema Passos Manuel e no espaço Maus
Hábitos. São cerca de 70 filmes que mostram o melhor do cinema documental contemporâneo
do último ano, onde se destacam a juventude e a cultura pop.


Este ano o
certame é dedicado ao tema "Teenage", uma das novidades apresentadas nesta
edição, onde se englobam filmes que debatem e pesquisam a identidade instável mas
criativa entre a infância e a vida adulta.


 


Paralelamente destaca-se,
também, a seção de competição internacional,
onde filmes vindos de todo o
mundo espelham a diversidade de abordagens do documentário contemporâneo e
a sua contaminação pela ficção, assim como, as demais categorias e seções que
vão desde filmes com especial ligação com a música a um olhar sobre o novíssimo
cinema português e o que se faz do outro lado da Ibéria, de cartas brancas e
homenagem a cineastas, até filmes sobre a nossa vida real feitos por estudantes
do ensino artístico da cidade.


 


Igualmente, e para
pensar o documentário, volta a realizar-se o "Fórum do Real" que, durante dois
dias, discutirá sobre "Documentar o Imaginário" e contará com a presença de diversos
oradores.


 


Chantal Akerman,
Thom Anderson e Lionel Rogosin, são os três cineastas homenageados nesta edição.
Entre eles existem décadas de distância, mas todos intervieram na
transformação do documentário, onde se denota um evidente empenhamento político,
na capacidade que o documentário tem, que pode e deve servir para denunciar,
mostrar ou preservar o movimento humano do mundo.


 


Na apresentação
do programa, que engloba filmes de 26 nacionalidades, com 44 estreias nacionais
e 11 mundiais, estiveram presentes, Rui Moreira, presidente da Câmara do Porto,
e Dario Oliveira, diretor do Porto/Post/Doc.


 


Rui Moreira
destacou o "mérito deste festival" como uma forma de combater a "carência de
cinema na cidade", salientando que o atual executivo tem vindo a trabalhar para
colmatar essa lacuna, apostando no desenvolvimento e divulgação do cinema, em
interligação com os espaços culturais e as escolas artísticas da cidade.
Olhando para os números da primeira edição, o autarca salientou o crescimento que
este festival registou e que "ajuda a colocar o Porto no mapa", já que traz
consigo um conceito "muito inovador", "uma versão diferente do cinema
documental" e "retrospetivas de realizadores muitas vezes desconhecidos do
público".


 


Dario Oliveira
relembra que "são oito dias de encontro entre profissionais e público
participante" onde se mostram "coisas que estão escondidas ou esquecidas".
Durante a sua intervenção, Dario Oliveira homenageou a vida e obra de Paulo
Cunha e Silva, frisando mesmo que é graças ao falecido vereador que este
festival existe na cidade.


 


O Porto/Post/Doc
conta com um investimento de cerca de 150 mil euros e o apoio da Câmara do
Porto. A primeira edição, em 2014, esteve reservada ao tema "Trabalho", exibiu
56 filmes e contabilizou mais de seis mil espetadores em cerca de 70 sessões.


Mais informações em Porto/Post/Doc