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Porto Tech Hub, ISEP e Câmara trabalham na qualificação e preparam cidade para o BREXIT

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Semanário Expresso explicou ontem o que o Porto está a fazer no domínio da qualificação de competências e como se está a preparar para aproveitar o Brexit. A Câmara está a trabalhar com o Porto Tech Hub e com o ISEP no projeto.

No próximo ano letivo, o Porto acolhe a primeira "prova de conceito" de uma pós-graduação nas áreas das tecnologias de informação e comunicação. O programa swITch dirige-se a diplomados em ciências, tecnologias, engenharias e matemática (as ditas CTEM, na sigla em inglês), com vista a combater o défice de conhecimentos em áreas como a programação ou outras competências digitais sentida pelas empresas da região. A longo prazo, a parceria entre a Associação Porto Tech Hub e o Instituto Superior de Engenharia do Porto (ISEP), com o apoio da Câmara Municipal do Porto, visa criar um "ecossistema de conhecimento técnico sustentável e dinâmico" na zona Norte.

O tema foi ontem destaque no semanário Expresso, que se interessou por conhecer o projeto inovador apoiado pela autarquia.

"Inspiramo-nos na necessidade e na dificuldade em recrutar" profissionais com aptidões para lidar com as exigências do mundo tecnológico, explicou ao Expresso Paula Gomes da Costa, presidente da Associação Porto Tech Hub e responsável pela área internacional e de canais da Paddy Power Betfair (Blip), uma das organizações, em conjunto com casas como a Farfetch, a Critical Software, a Euronext ou a IT Sector, que está a sentir na pele o travão à produtividade pelo défice de pessoas qualificadas. A consequência desta escassez é, segundo a responsável, uma "canibalização de recursos", especialmente no Grande Por-to, onde "existem empresas que precisam de 600 pessoas" com estas competências.

PORTO TECH HUB E CÂMARA DO PORTO ARTICULAM ESTRATÉGIA PARA O BREXIT

O Expresso revela ainda que associação está a discutir com a Câmara do Porto estratégias para "atrair talento do Reino Unido", tendo em conta as movimentações no mercado de trabalho motivadas pela saída britânica da União Europeia. "Achamos que somos capazes de atrair pessoas, até porque o diferencial salarial já não é assim tão grande, sobretudo se tivermos em consideração as condições de vida em Portugal", acredita Paula Gomes da Costa.