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Porto está a reduzir a emissão dos gases com efeito de estufa de forma sustentada, diz relatório

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O Município do Porto tem vindo a reduzir as emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) de forma sustentada ao longo dos últimos anos, e só de 2017 para 2018 atingiu uma significativa redução, na ordem dos 8,7%. As conclusões estão vertidas no Relatório Anual de Energia e Emissões do Município do Porto 2020, produzido pela AdEPorto - Agência de Energia do Porto, que indica que os setores dos Edifícios e Transportes foram os que mais contribuíram para estes resultados.

O relatório agora disponibilizado avaliou a evolução das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) na cidade do Porto, concluindo que entre 2004 e 2018 a redução atingiu os 36,2%. De acordo com o documento, que divulga os dados mais recentes disponíveis, entre 2017 e 2018 essa diminuição aproximou-se mesmo dos 9%.

As conclusões revelam ainda que a diminuição dos GEE no Município do Porto tem sido feita de forma sustentada, demonstrando o acerto das medidas municipais implementadas nos últimos anos que, contrariando a tendência crescente de atração sobre a cidade, neutralizaram uma inversão dos números, que seria expectável se nada mais fosse feito.

A redução de emissões de gases com efeitos de estufa no setor dos Edifícios, um dos que mais contribuiu para este resultado, decorre de uma menor utilização de eletricidade e do facto de este vetor ser cada vez menos poluente pela integração das Energias Renováveis na sua geração. Recorde-se a este propósito, que além de incentivar o surgimento de mais coberturas verdes (no Terminal Intermodal de Campanhã vai nascer uma área verde de 4,6 hectares), a autarquia tem a decorrer os concursos públicos para a instalação de 1MWp de sistemas fotovoltaicos em edifícios públicos, maioritariamente escolas, no âmbito do projeto Porto Solar.

Já a diminuição de emissões de GEE no setor dos Transportes resulta, sobretudo, de uma maior utilização de transportes públicos, em detrimento do transporte individual, muito por força de melhorias efetuadas na oferta da STCP, que tem investido numa frota mais elétrica, da Metro do Porto e de outros operadores. Além disso, embora neste relatório ainda não seja possível aferir

No ano passado, o Município do Porto aderiu ao Pacto dos Autarcas para o Clima e Energia, comprometendo-se a reduzir as suas emissões até 2030 em 50% face a 2004. A atual redução de 36,2% das emissões de GEE demostra que o Município do Porto se encontra bem posicionado face aos objetivos estabelecidos para 2030, muito por força da estratégia de sustentabilidade que tem vindo a ser assumida pela Câmara Municipal, no âmbito da qual estão a ser estudadas as medidas a tomar para atingir a neutralidade carbónica ainda antes de 2050.

Apesar destas reduções, a AdEPorto considera que deverá a ser continuada a implementação de políticas ao nível da promoção da eficiência energética e introdução de fontes de energia renovável, nomeadamente no setor dos Edifícios, que representa 56% das emissões de GEE e 55% do total de utilização de energia final, bem como no setor dos Transportes, que representa 33% das emissões de GEE e 35% do total de utilização de energia final.

Para este compromisso, concorrem ainda outras iniciativas municipais, como a substituição da totalidade da iluminação pública por tecnologia LED e a recente mudança da frota municipal para veículos elétricos ou híbridos plug-in.