Proteção Civil

Porto e Funchal vão passar a colaborar regularmente na área da Proteção Civil

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A Câmara do
Porto vai colaborar de forma regular na área da Proteção Civil com a autarquia
do Funchal. Rui Moreira acolheu, com agrado, o desafio lançado, ontem, pelo
presidente da Câmara do Funchal, Paulo Cafôfo, na cerimónia pública de
agradecimento à equipa multidisciplinar enviada pelo Município do Porto para ajudar
na avaliação das consequências dos incêndios que afetaram de forma grave aquela
cidade e região no início deste mês.


"Vou propor
ao presidente Rui Moreira uma colaboração entre as duas autarquias e uma
partilha de conhecimento ao nível da Proteção Civil e também noutras áreas de
intervenção", disse o autarca madeirense, segundo informação avançada pelo
Diário de Notícias da Madeira, na edição impressa desta terça-feira.


Paulo Cafôfo
destacou a importância da parceria com o município do Porto num "momento
particularmente difícil" para a capital madeirense, onde os incêndios
fizeram três mortos e deixaram 233 famílias desalojadas, para além de um rasto
de destruição avaliado em 61 milhões de euros. "Jamais esqueceremos aquilo que
fizeram por esta cidade", afirmou.


A proposta
de louvor camarária será apresentada na próxima reunião do executivo liderado
por Cafôfo, marcada para esta quinta-feira, e visa expressar um
"reconhecimento oficial" pelo trabalho, dedicação e empenho da
equipa, chefiada pelo comandante dos Sapadores Bombeiros do Porto, Rebelo de
Carvalho, e composta por onze técnicos de proteção civil.


 


Regressou hoje a equipa de especialistas enviada pela Câmara do Porto


Regressou
hoje do Funchal a equipa multidisciplinar de colaboradores da Câmara do Porto que
esteve na ilha da Madeira. Os 11
efetivos (entre os quais, bombeiros, arquitetos, engenheiros, técnicos de apoio
social) integraram, nas duas últimas semanas, o Gabinete de Apoio à Recuperação
do Funchal e estiveram encarregues de inspeções ao edificado, execução de
escoramentos em edifícios em risco de ruir, levantamento da área florestal
ardida e vias de comunicação afetadas, promoção do regresso das famílias às
suas habitações e mitigação do stress pós-traumático.




"Fomos contribuir
para o retorno à normalidade o mais rápido possível", referiu Rebelo de
Carvalho, Comandante do Batalhão Sapadores Bombeiros do Porto, à chegada ao aeroporto
Francisco Sá Carneiro, esta manhã.


"Fizemos uma
visita a todos os locais onde o fogo afetou casas e procedemos à sua avaliação",
disse, explicando que no total somaram perto de 400 avaliações entre casas
particulares e infraestruturas da comunidade.


"O trabalho que
ficou no Funchal servirá de pontapé de saída para a reconstrução", sublinhou
o Comandante do Batalhão
Sapadores Bombeiros do Porto e chefe da missão.


Sandra
Pinheiro, que integrou os 11 elementos, trabalhou na área social e descreve o
cenário encontrada como "devastador".


"No Funchal
estivemos integrados numa equipa de apoio social local, andamos no terreno,
porta-a-porta, num contato de proximidade e sentimos o drama que as pessoas
estão a viver: pessoas muito fragilizadas, que perderam tudo", disse a técnica
da Câmara do Porto.


"Demos apoio
emocional, deixamos uma mensagem de esperança, espaço para elas expressarem os
seus sentimentos e, simultaneamente, tentamos perceber quais eram as
necessidades imediatas em termos de vestuário, de alimentação, de alojamento".


O Governo
Regional da Madeira estimou os prejuízos dos incêndios em 157 milhões de euros.