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Porto Design Factory a inovar na música e design

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A Porto Design Factory, plataforma experimental de co-criação, co-desenvolvimento e aceleração de ideias inovadoras, lançou na terça-feira, 3 de janeiro 2017, dois programas pioneiros para as áreas do design e da música, o Porto Design Accelerator e o Beta Sound System, que contou com a presença do secretário de estado da inovação João Vasconcelos.

O Porto Design Accelerator é um programa que alia o design/bens de consumo à manufatura portuguesa, em parceria com a TICE.pt- Pólo das Tecnologias de Informação, Comunicação e Eletrónica e com a Câmara Municipal do Porto.

O Beta Sound System, por sua vez, é o primeiro programa português de aceleração de novas ideias de negócio para a indústria da música, em parceria com a Casa da Música e com a Antena 3. 

O responsável pelo Porto Design Factory, Rui Coutinho, adianta que "são os dois programas pioneiros, uma vez que não existem aceleradores para ideias em fase embrionária."

O objetivo é estabelecer um novo paradigma de ecossistema inovador e empreendedor, no qual se possam antecipar projetos de valor acrescentado, uma vez que para Rui Coutinho, "não há produto, nem startup que vingue se não responder claramente a uma necessidade real e concreta dos utilizadores, do mercado". 

A título de exemplo, o responsável pelo PFD refere a importância da proximidade das indústrias ditas tradicionais (calçado, têxtil, metalomecânica, mobiliário, cortiça), no âmbito do Porto Design Accelerator e na forma como se pode gerar inovação e competitividade para esses setores industriais.

Podem candidatar-se a estes prémios qualquer equipa, de qualquer parte do mundo, sendo que a única restrição é que "não podem ter nenhuma empresa constituída para aquele projeto há menos de dois anos". 

Serão selecionados cinco projetos para cada um dos programas. Após um período de avaliação e decisão, as startups selecionadas começam a desenvolver o seu trabalho a partir de 1 de abril e ao longo de seis meses. Este processo será repartido, pelo que os primeiros três meses serão dedicados ao desenvolvimento do produto, enquanto os três meses seguintes serão focados no financiamento, produção e acesso ao mercado. 

Ao contrário do que sucede com outros programas de aceleração, o Porto Design Factory não financia nenhuma das startups. 

Rui Coutinho adianta que o PDF não fica com capital social nem "dá dinheiro"; o que fazem é desenvolver um programa de aceleração para as startups, e serão estas, numa fase posterior, que irão "procurar o seu financiamento, com apoio dos programas em termos de conectividade e network". 

De referir que na apresentação dos dois programas estavam presentes vários business angels e a Portugal Ventures. 

Como parceiros dos dois projetos de aceleração de ideias inovadoras estão a Sonae, a Silampos e o Ikea. Empresas que, segundo Rui Coutinho, ganham acesso antecipado a projetos que podem vir a gerar muito valor e acesso a talento e a pessoas que podem interessar a essas organizações.

Outros parceiros podem vir a ser agregados a estes projetos num futuro próximo, quer parceiros da indústria portuguesa quer do plano internacional, uma vez que um dos focos é na expansão internacional das start-ups, segundo o responsável pelo PDF.

Em relação ao Beta Sound System, a Casa da Música e a Antena 3, " trazem algo que é fundamental para o programa que é a comunidade de utilizadores", nas palavras de Rui Coutinho.

Esta é uma aposta do Porto Design Factory na inovação e na criação de ideias de negócio nas áreas do design e da música.

Para mais informações e candidaturas ver Porto Design Factory.