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Palácio do Bolhão reabre esta sexta-feira, no Dia Mundial do Teatro

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O Palácio do Conde do Bolhão, no
Porto, reabre hoje, Dia Mundial do Teatro, após nove anos de obras e com
inauguração prevista para o fim da tarde. A companhia ACE/Teatro do Bolhão será
a responsável por "devolver" o Palácio à comunidade, que estreia esta
sexta-feira com "Édipo".


O Palácio do Conde do Bolhão foi
adquirido pela Câmara do Porto e cedido, em regime de comodato, por um período
de 50 anos à Academia Contemporânea do Espetáculo /Teatro do Bolhão, que se
responsabilizou pelas obras de restauro e adaptação, cujo custo rondou os 2,8
milhões de euros e contou com fundos do QREN.


De acordo com António Capelo, diretor
da companhia, a obra contou com apoios "oficiais", destacando-se a
Câmara do Porto, o Ministério da Educação, o extinto Ministério da Cultura, mas
também "pessoas anónimas" que aderiram a campanhas de angariação de fundos,
para reabilitar salas, restaurar a escadaria, estando os nomes dos mecenas e
patronos gravados nos degraus. Inclui ainda um auditório construído nas
traseiras do edifício principal.


O Palácio, espaço classificado
como Monumento de Interesse Público, foi a residência de António Alves de Sousa
Guimarães, barão e, posteriormente, conde do Bolhão, um local procurado para a
realização de bailes e festas entre a burguesia do século XIX. Foi construído
em meados do século XIX, hospedou a família real e foi palco de festas
sumptuosas (Camilo Castelo Branco era um dos habitués). Mais tarde passou à
posse de Emílio Biel, editor alemão e um dos precursores da fotografia em
Portugal, acolhendo a famosa Casa Biel. 

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