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Open House está a chegar com a melhor edição de sempre e a mais inclusiva

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Focos nos cidadãos com necessidades especiais e nas crianças são as prioridades do Open House Porto, que quer alargar ainda mais o seu público e desestigmatizar a arquitetura industrial com a edição deste ano, a 30 de junho e 1 de julho. 

"Estamos todos a trabalhar para que este seja o melhor Open House de sempre", garantiu esta manhã o diretor-executivo da Casa da Arquitectura, arquiteto Nuno Sampaio, anfitrião da sessão em que foi apresentada a quarta edição do evento que, mais uma vez, abre ao público a possibilidade de conhecer por dentro e de forma gratuita edifícios raramente ou nunca visitáveis, nos concelhos do Porto, Gaia e Matosinhos.

Nuno Sampaio anunciou que estão programadas diversas atividades especiais para crianças e para pessoas com dificuldades de visão ou audição, que vão ter a participação dos serviços educativos das três autarquias, de modo a permitir a públicos mais alargados o envolvimento com as temáticas da arquitetura.

O mote escolhido para o Open House Porto 2018 foi o das arquiteturas industriais e a elas ligadas (de produção, habitação, institucional), num desafio de Nuno Sampaio que os curadores e também arquitetos Inês Moreira e João Paulo Rapagão aceitaram com o objetivo de "inverter o estigma que levou à marginalização da arquitetura industrial". E, se João Paulo Rapagão aponta desde logo a reconversão e reabilitação da antiga Real Vinícola para sede da Casa da Arquitectura como o melhor exemplo dessa missão, Inês Moreira sublinha que o Open House Porto pretende "levar as pessoas a olhar para a arquitetura, não edifício a edifício, mas para perceberem como eles se organizam e criam a cidade".

Nesse sentido, o Open House Porto - "o único do mundo que decorre em três cidades ao mesmo tempo" e que volta a crescer nesta edição para 65 edifícios - dará foco a construções emblemáticas como as do L'Atelier des Créateurs, Cemitério de Agramonte, Quartel de Santo Ovídio (ex-Quartel General), Museu Nacional Soares dos Reis, Jornal de Notícias ou Cooperativa dos Pedreiros, no Porto, dos Silos de Leixões, da própria Casa da Arquitectura ou da moagem Germen, em Matosinhos, e ainda da Torre Altice (RTP), das Caves Cockburn's e das Três Casas no Cais Capelo Ivens, em Gaia.

Contando com a parceria estratégica das Câmaras do Porto, Gaia e Matosinhos, esta é a primeira edição do Open House que se realiza com a Casa da Arquitectura já construída, pelo que a organização põe também aqui focos especiais com vários eventos, a começar na véspera. Assim, na noite de sexta-feira 29 de junho, um ambiente festivo tomará conta do "edifício industrial que foi resgatado da ruína", como apontou Nuno Sampaio, enfatizando dessa forma o mote para o fim de semana da arquitetura de portas abertas.

O Open House é um fenómeno internacional nascido em Inglaterra e ao qual aderem já dezenas de cidades em todo o mundo. Assenta na formulação de um roteiro pelos diferentes espaços aderentes e permite visitas livres, acompanhadas por assistentes ou guiadas/comentadas pelos autores dos projetos e/ou especialistas de diferentes áreas.

Saiba todos os edifícios que pode visitar a 30 de junho e 1 de julho e também os detalhes da programação no site oficial do evento ou descarregue o guia.