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Obras para a nova esquadra de Cedofeita vão começar

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O auto de consignação da obra para a nova esquadra de Cedofeita, que vai ocupar o edifício da antiga Junta de Freguesia de Cedofeita, foi assinado esta quarta-feira. A empreitada tem um prazo previsto 12 meses e visa devolver à população desta zona da cidade um equipamento de proximidade que encerrou há mais de cinco anos. 

O edifício n.º 16 da Praça de Pedro Nunes vai entrar em obra, com o objetivo de acolher a nova esquadra de Cedofeita.

Na sua intervenção, Rui Moreira afirmou que "há cinco anos havia um problema, chamado esquadra de Cedofeita". Lembrando que a população estava "muito preocupada" com o encerramento da antiga esquadra na Rua de Cedofeita, referiu que praticamente de imediato identificou aquele imóvel como solução para a reinstalação do equipamento, em articulação com o presidente da União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, António Fonseca.

Visto "com agrado pelos cidadãos", tanto mais por ser um edifício público, para o autarca reúne ainda uma série de outras vantagens: oferece "a dignidade que uma esquadra deve ter"; está na confluência de outros equipamentos de proximidade, como escolas, um centro de saúde e uma igreja; e tem "visibilidade".

A satisfação plena, essa, só virá quando forem inauguradas as novas instalações. "Só dou os parabéns quando cá estiverem", manifestou Rui Moreira.

Já a secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna, Isabel Oneto, sublinhou "o momento importante para a cidade, para a PSP e para os cidadãos" e justificou a demora do processo, iniciado no anterior Governo, com a revisão do projeto que entretanto teve de ser feita. Destacou também que a reinstalação da esquadra de Cedofeita é fundamental para "garantir o sentimento de segurança" à população e que a "conjugação de esforços" entre o poder local e o Ministério da Administração Interna (MAI), na procura das melhores respostas ao cidadão, é fundamental.

O investimento nesta empreitada, na ordem dos 600 mil euros, enquadra-se num outro maior para a cidade, ao nível da segurança. "São 12,7 milhões só para o Porto", referiu a governante, que adiantou também que para a nova esquadra do Viso estão consignados 7,5 milhões de euros.

Para o diretor nacional adjunto da PSP, superintendente Matos Torres, a PSP estava inicialmente "longe de pensar nesta solução", não fosse a Câmara do Porto lançar a ideia. "Esta esquadra tem uma importância vital", porque, segundo constatou, a sua localização contribui para o "equilíbrio geoespacial" da segurança na cidade.

António Fonseca, presidente da União de Freguesias de Cedofeita, Santo Ildefonso, Sé, Miragaia, São Nicolau e Vitória, agradeceu ao presidente da Câmara do Porto ter apadrinhado aquela solução. Todavia, lamentou que o processo tenha depois demorado mais tempo do que o expectável. Como recordou, a decisão foi tomada em 2014 pelo anterior Governo e materializada em contrato de arrendamento em 2015, mas foi apenas a atual secretária de Estado Adjunta e da Administração Interna que desbloqueou o dossiê.

A assinatura formal do auto de consignação da empreitada foi celebrada entre o secretário-geral do Ministério da Administração Interna, Carlos Palma, e o empreiteiro da obra.

À cerimónia, que teve lugar no próprio imóvel, assistiu também D. António Augusto Azevedo, a vereadora com o pelouro da Proteção Civil, Cristina Pimentel, o vereador da Habitação e Coesão Social, Fernando Paulo, entre outras individualidades.

Câmara colaborou com o MAI para a reabertura da esquadra

A antiga esquadra tinha sido encerrada em outubro de 2013, por decisão do Ministério da Administração Interna, que cessou o contrato de arrendamento que tinha, alegando o custo da renda e o avançado estado de deterioração do imóvel, localizado na Rua de Cedofeita.

Desde logo, o presidente da Câmara do Porto empenhou-se em colaborar com o MAI e com o Comando Metropolitano da PSP do Porto na procura de uma solução para a reabertura da esquadra num outro local da freguesia, mesmo sendo esta uma competência do Estado central.
Apresentou como proposta a antiga sede da extinta Junta de Freguesia de Cedofeita que, com centralidade necessária e instalações capazes de se adaptar às necessidades da PSP, logo foi bem acolhida. 

Entretanto, as negociações decorreram ao nível daquele órgão autárquico e do poder central, tendo ficado decidido que seriam realizadas obras no edifício, acomodando-as às novas funções.

Embora a segurança pública não seja uma competência das câmaras municipais, mas antes uma responsabilidade do Estado central, Rui Moreira anunciou recentemente que o Município vai usar parte da receita da taxa turística para adquirir 10 viaturas elétricas para a PSP.