
Filipa Brito

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O Douro todo sente-se, cheira-se e ouve-se no Reservatório da Pasteleira
20-02-2019
Imagens, objetos, sons e cheiros concentram toda a região do Douro, de Barca d'Alva à Foz, na exposição que o presidente da Câmara do Porto inaugura hoje, pelas 18 horas, no Reservatório da Pasteleira e que o "Porto." visitou, nesta manhã, sob a orientação de Églantina Monteiro e Nuno Faria.
Curadores de "Douro [DWR] 3 solos entre céu e terra", a antropóloga e o diretor artístico do Centro Internacional das Artes de José de Guimarães transportaram para o futuro Museu da História da Cidade a exposição com que o Porto e o Douro se deram a conhecer, no final de 2018, no evento La Cité du Vin, em Bordéus.
Como explicam, é "um retrato do Douro muito pouco convencional" e articulado com uma perspetiva de arte contemporânea, cujo objetivo é fazer o visitante perceber a "relação de intimidade" entre o Homem e a paisagem, da qual o Douro é resultado. Ali podem ver-se objetos e imagens fixas (fotos de Biel e Alvão) e animadas, ouvir sons e sentir cheiros que, a par de detalhes simbólicos, permitem "mergulhar" nessa relação.
Logo na entrada - e após um "Mapa do Paiz Vinhateiro do Alto Douro" desenhado pelo Barão de Forrester e "Dedicado a Sua Majestade a Rainha Dona Maria II" - em ambiente de semiobscuridade, somos obrigados a parar junto a uma esfera armilar gigante cujo centro é um pedaço de xisto da Desejosa. Tido como o mais típico da região duriense, é ali, a um tempo, o núcleo/centro da Terra e o coração do território duriense, elemento essencial de que se fez terra para dar vida às videiras.
Sucedem-se mais de 100 parras distintas que ajudam a identificar a enorme variedade de castas utilizadas para o vinho do Douro; 36 amostras de solo de locais diferentes; um filme sobre o barco rabelo; fotografias de Domingos Alvão sobre o Douro Vinhateiro e de Emílio Biel sobre uma vindima em Ervedosa do Douro. Entre outros elementos mais, uma campânula em cera, sob a qual o visitante se coloca, fá-lo sentir o cheiro da cera (introduzindo a importância da abelha e dos animais para a agricultura) e, simultaneamente, ouvir um depoimento do produtor vinícola Mateus Nicolau de Almeida.
De entrada livre, "Douro [DWR] 3 solos entre céu e terra", cujas estruturas foram concebidas pelo gabinete de arquitetos Skrei e a cenografia por Bartira Ghoubar, assume-se como "uma exposição de estímulos" que reúne o físico e o espírito do Douro, aliando a contemporaneidade da curadoria à ancestralidade das suas origens que, aliás, está desde logo patente no título com a referência DWR - palavra celta para "água" e que se pronuncia [dúr]. A partir dela, o latim "duriu" e "durus" (difícil, duro, custoso) deu origem a Douro, nome de curso de água que foi preciso domar e de terra que foi preciso domesticar, na tal "relação de intimidade" entre o Homem e a paisagem...
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"Douro [DWR] 3 solos entre céu e terra"
20 de fevereiro a 20 de abril 2019 - prolongada até 31 de agosto
De 3ª feira a domingo das 10 às 18 horas
Reservatório da Pasteleira
Rua de Gomes Eanes de Azurara, 122
GPS 41.151579, -8.662588
Entrada livre
+Info: 223 393 480 / patrimoniocultural@cm-porto.pt