Cultura

O Coliseu Porto não é uma barriga de aluguer

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"O Coliseu não se aluga porque as instituições não se alugam",
defende Eduardo Paz Barroso, presidente da Associação Amigos do Coliseu, em
entrevista à revista Time Out - Porto, publicada ontem, um de dezembro, no mês em que
se cumprem os 75 anos do Coliseu Porto.


Dois anos após ter tomado posse, Paz Barroso fala em
reformulação e novos desafios, lembrando uma frase do presidente da Câmara do
Porto, ainda antes de a sua direção ter tomado posse, em que Rui Moreira diz que "o
Coliseu não é uma barriga de aluguer".


Com vida e programação próprias, um renovado circo de Natal,
sem animais, uma aposta ganha e um dos espetáculos considerado "peça-chave" na programação natalícia daquela casa. "A cidade do ponto de vista
dos conteúdos, na história das últimas décadas, não se faz sem o circo do
Coliseu", refere.


Para o circo deste Natal, Eduardo Paz Barroso promete uma
companhia "com algumas coisas únicas e extraordinárias" com grandes artistas
premiados a nível mundial, "fazendo convergir grandes tradições do circo", como
a escola de Paris, a escola de Moscovo e a escola chinesa.


Quanto aos 75 anos do Coliseu Porto, o presidente da Associação
Amigos do Coliseu destaca o projeto Trifonia Clássica, em parceria com a
Orquestra Metropolitana de Lisboa, com um grande concerto final, marcado para seis de
maio de 2017, esse feito com a Orquestra Sinfónica do Porto - Casa da Música.


Quanto a números, já contabilizados, o dirigente fala em
mais de 143 mil pessoas até setembro deste ano presentes num total de 77
espetáculos até essa data. A salientar, a série de 13 concertos do Miguel Araújo
com o António Zambujo, considerado por Paz Barroso como "daqueles fenómenos
nacionais".


A necessidade de obras profundas é outra das aspirações para aquela sala de espetáculos, mas as mesmas não estão previstas num horizonte próximo. "A clarificação destas
instituições [Câmara Municipal do Porto, Ministério da Cultura e Área
Metropolitana do Porto] no futuro do Coliseu Porto é fundamental e apenas o Município
do Porto está permanentemente envolvido", afirmou.