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Num dia caiu tanta água no Porto como é normal num mês inteiro de Outubro

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Ontem, só no espaço de uma hora, a chuva atingiu no Porto 43,1 milímetros (mm) por metro quadrado, o equivalente a cerca de metade do normal para o mês de Outubro (98,2 mm, de acordo com a média observada pelo IPMA em 30 anos). Os efeitos foram visíveis, com a Proteção Civil Municipal a registar 90 ocorrências só na cidade do Porto que, apesar de tudo, foram todas rapidamente resolvidas e não provocaram vítimas. Na Área Metropolitana houve também muitas ocorrências, com voos cancelados, o metro parado, aluimentos de terras, inundações e estradas cortadas.

Acima de 40 mm de precipitação por hora considera-se haver "risco extremo", o que se regista muito raramente. Entre as 9 e as 14 horas registou-se um acumulado de 112,7 mm, valor próximo da média de precipitação total calculada para o Porto (138 mm) no mês de Outubro.

Além da resposta pronta e muito eficaz dada pela Proteção Civil Municipal e da extrema utilidade que constituiu o Centro de Gestão Integrada da Câmara do Porto, que possui neste momento cerca de 140 câmaras de vigilância, as infraestruturas da cidade reagiram muito bem ao desafio de um fenómeno climatérico extremo. As condutas, um pouco por toda a cidade, não aguentaram os caudais produzidos, mas assim que a precipitação diminuiu, o sistema funcionou e a cidade voltou a regularizar a sua atividade.

Em particular, o novo Parque Oriental, cujos percursos são hoje inaugurados pelas 15 horas pelo Presidente da Câmara do Porto e pela atleta Rosa Mota (com encontro marcado para o Pavilhão do Lagarteiro), está hoje em perfeitas condições, não tendo praticamente sido afetado do lado do Porto, apesar do caudal do Rio Tinto ter atingido níveis muito raros.