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Novo Centro de Saúde de Ramalde abriu hoje portas

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Assinatura do acordo em 2016

Filipa Brito

Entrou em funcionamento nesta quinta-feira o novo Centro de Saúde de Ramalde, mais de seis meses depois de o Município do Porto ter entregado à Administração Regional de Saúde (ARS) do Norte as chaves do equipamento. As modernas instalações vão servir mais de 15 mil utentes.

Em 2016, a Câmara do Porto assumiu com o Ministério da Saúde o compromisso de promover a construção do novo Centro de Saúde de Ramalde. No final do ano passado, o equipamento ficou pronto e foi entregue pela autarquia à ARS Norte, de acordo com o calendário e o caderno de encargos da obra.

Onde há cerca de 30 anos existiam ruínas de um centro social eternamente inacabado, "em frente a uma escola, e que era local de insegurança e insalubridade", chegou a relatar, por carta, o Presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, à Ministra da Saúde, Marta Temido, passou a haver um moderno edifício que corresponde a todas as condições de conforto, mobilidade e segurança que vinham sendo exigidas pelos milhares de utentes e profissionais de saúde do antigo Centro de Saúde de Ramalde, há já largos anos.

Entre dezembro de 2018 e julho de 2019, as instalações do moderno Centro de Saúde, já na posse da ARS Norte, mantiveram-se fechadas porque faltava proceder à aquisição de equipamentos e aguardar a ligação ao ramal de eletricidade da EDP. Mais recentemente, problemas de refrigeração adiaram por duas vezes a abertura de portas, que só aconteceu nesta quinta-feira, dia 18 de julho.

Falta ao Estado cumprir a sua parte no acordo com a Câmara

Em contrapartida à construção do novo Centro de Saúde de Ramalde, o Ministério da Saúde garantiu ao Município do Porto que iria disponibilizar um terreno na Rua de Justino Teixeira, em Campanhã, para ali ser construído um complexo desportivo no qual jogaria o Clube Desportivo de Portugal.

No entanto, até à presente data, o Estado não deu cumprimento às suas obrigações, não tendo sido ainda concretizada a transferência da propriedade do terreno. Para o Ministério das Finanças, que promoveu uma nova avaliação do lote, o terreno valerá agora mais 300 mil euros, montante que a Câmara do Porto contesta, sublinhando que a sua parte no acordo está cumprida e que a permuta tem de ser feita nos termos em que foi acertada pelas duas partes.

Recorde-se que o Clube Desportivo de Portugal teve de sair do seu campo, porque o terreno foi expropriado para a construção do Terminal Intermodal de Campanhã. Por seu turno, enquanto o terreno de Justino Teixeira não é entregue ao Município, foi encontrada para o histórico clube da cidade uma solução alternativa provisória: fica a jogar e a treinar no Parque da Cidade.