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Morreu hoje o arquiteto e professor catedrático Francisco Barata Fernandes

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Filipa Brito

Faleceu hoje o arquiteto Francisco Barata Fernandes, distinto representante da Escola do Porto e professor catedrático que colaborava com a Câmara do Porto na revisão do Plano Diretor Municipal. O velório decorrerá entre as 17 e as 20 horas de hoje no Tanatório de Matosinhos, estando marcada a cremação para as 11 horas de amanhã, sábado dia 18, no mesmo local.

Francisco Barata colaborava com a Câmara do Porto no âmbito do processo de revisão do PDM, tendo sido o autor de um estudo urbanístico para a Praça da Corujeira e para a futura praça fronteira ao antigo Matadouro Municipal. Nesse âmbito, foi um dos principais intervenientes no recente ciclo de debates sobre o PDM, promovido pela autarquia, nomeadamente na sessão relativa a "Património Cultural e Dinâmicas Urbanísticas".

Presidente do Conselho Científico da Faculdade de Arquitetura da Universidade do Porto (2014-2018), presidente do Conselho Diretivo dessa instituição entre 2006 e 2010 e membro do CEAU - Centro de Estudos de Arquitetura e Urbanismo, Francisco Barata era diplomado na Escola Superior de Belas Artes do Porto e doutorado na FAUP.

Ao longo da sua carreira académica desenvolveu investigação sobre intervenções no Património Arquitetónico e em Centros Históricos, em Itália, como Bolseiro da Fundação Calouste Gulbenkian. Foi autor de diversos artigos e publicações, entre os quais a tese de doutoramento "Transformação e Permanência na Habitação Portuense - as formas da casa na forma da cidade", de 1999.

Associado do gabinete de arquitetura Barata Arquitectos, a sua obra construída localiza-se em particular no Porto e no norte de Portugal, de que relevam o projeto da Cooperativa de Massarelos, no Porto, Prémio INH em 1996; o projeto de conservação e recuperação do Castelo de Santa Maria da Feira; o projeto de recuperação da Igreja Matriz de Vimioso; o projeto de reabilitação do Páteo de S. Miguel, em Évora; o projeto da Praça da Cadeia da Relação e do Largo do Olival e o projeto da Rua do Almada, ambos realizados no âmbito do Porto 2001; e o projeto da Marginal de S. Paio, em Canidelo, Vila Nova de Gaia.

Francisco Barata foi também coautor, com os arquitetos Nuno Valentim e José Luís Gomes, do projeto de reabilitação do edifício de 1928 na Rua de Alexandre Braga 94, da autoria do arquiteto José Marques da Silva, que venceu por unanimidade o Prémio João Almada de 2014.