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Mercado do Bolhão já garantiu que maioria dos comerciantes permanecerá

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74 dos 97 comerciantes do interior do Mercado do Bolhão vão continuar quando o edifício estiver reabilitado e já assinaram acordo com a Câmara do Porto. Ao contrário do que acontecia anteriormente, os comerciantes passam a poder transmitir o direito aos filhos, ficando também garantido que o mercado continuará a ser um local de venda de produtos frescos, com administração municipal. A decisão de ratificar os acordos assinados com os comerciantes foi hoje aprovada em reunião de Câmara, com 12 votos a favor e a abstenção do vereador da CDU.
Segundo esclareceu Cátia Meirinhos, do Gabinete do Bolhão, durante a reunião de executivo desta terça-feira, os 23 comerciantes que não querem continuar no mercado afirmaram não ter capacidade de continuar, sendo essa a razão, tendo, de resto, a maioria já idades avançadas.
Dos 68 (oito são carrejões) que vão continuar no novo Bolhão, 12 optaram por mudar de atividade e 15 vão transferir gratuitamente a titularidade da licença para um familiar. Estas alterações beneficiarão de uma isenção total de pagamento. Todos manterão actividade dentro dos grupos de venda de produtos alimentares e frescos definidos pela autarquia.
No interior do mercado não haverá lojas de marca no terraço, mantendo-se, por isso, o carácter genuíno do equipamento e da sua actividade tradicional.
De acordo com a proposta que foi aprovada esta terça-feira, a Câmara do Porto emitirá novas licenças aquando da transição para o mercado temporário do Bolhão, que funcionará no Centro Comercial La Vie, assim como para o mercado restaurado.
Conforme já tinha sido deliberado em Assembleia Municipal, os comerciantes que pretendem manter a sua atividade vão beneficiar de um desconto de 40 por cento nas taxas superiores a 10 euros a pagar durante o primeiro ano de atividade do mercado temporário. A partir do 13º mês e até ao regresso ao novo Bolhão, o valor das taxas superiores a 10 euros será reduzido em 20 por cento, isenção cuja despesa fiscal se estima em 26.570 euros.
Quanto ao mercado temporário, Rui Moreira garantiu que a Câmara do Porto usará todo o seu conhecimento em matéria de promoção e comunicação para promover o mercado e garantir a subsistência comercial dos comerciantes durante as obras que deverão iniciar-se ainda em 2017.
Para já, decorrem obras no subsolo que permitirão o desvio de infraestruturas e que permitirão o avanço das obras no edifício no futuro.