Sociedade

Segurança máxima no Douro

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A organização do Grande Prémio
de Portugal de Fórmula 1 em Motonáutica começou pela segurança. Foi este o
primeiro passo que teve de ser dado, elaborando um vasto plano que permite
fazer frente a todas as eventualidades e que ultrapassa largamente as imposições
regulamentares deste tipo de provas.


 


Na verdade, além de observar as
necessidades específicas da competição, a organização não deixou de pensar no
público, estabelecendo igualmente um forte dispositivo de segurança, capaz de
atender aos milhares de espetadores que são esperados nesta tarde de sábado e
amanhã, domingo, nas margens do rio Douro, entre o Porto e Vila Nova de Gaia.


 


O patrulhamento da Policia de
Segurança Pública é reforçado por equipas de segurança privada, enquanto
equipas do INEM e elementos do Batalhão de Bombeiros Sapadores do Porto estão
presentes em força, preparados para intervir com prontidão face a qualquer
situação que requeira cuidados.


 


Mas é especialmente na água que
as atenções são redobradas e os meios envolvidos requerem particular cuidado,
pois em provas com barcos que facilmente superam os 200 quilómetros por hora,
mesmo quando conduzidos por pilotos que, neste caso, estão entre os mais
experimentados do mundo, os acidentes podem sempre acontecer.

"E quando sucede um acidente, todos os
segundos contam, o que implica estarmos preparados para intervir imediatamente"
,
explica Luís Miguel Ribeiro, o diretor de prova em todos os Grande Prémios de
F1 em Motonáutica.


 


O promotor internacional, a
F1H2O, dispõe de equipas de mergulhadores, particularmente treinadas neste tipo
de ocorrências, que estão estrategicamente distribuídas pelo circuito,
acompanhando todo o desenrolar da ação a bordo de quatro barcos especialmente
concebidos para estas missões de resgate e salvamento.


 


"A mobilidade destas equipas garante que conseguem em escassos
segundos alcançar qualquer ponto do circuito"
, adianta ainda o diretor de prova.


 


Paralelamente, os Bombeiros
Sapadores do Porto também estão distribuídos pelo rio com as suas equipas de mergulhadores,
reforçando os meios da própria organização, que conta ainda com duas motos de
água, um barco de 12 pés de comprimento e seis rebocadores, estes últimos
reservados, precisamente, para desviar o circuito os barcos acidentados, de
modo a que não constituam um obstáculo aos restantes.


 


Em terra, o INEM instalou um
hospital de campanha apetrechado com equipamento e meios para primeira
intervenção, junto ao "paddock", a que se juntam ambulâncias e mesmo equipas de
bombeiros. Mas se as ambulâncias, os médicos, enfermeiros e socorristas somente
permanecem de serviço nos períodos em que decorre a ação, já os bombeiros estão
presentes em permanência e em regime de absoluta prontidão.


 


"Os motores dos barcos de Fórmula 1, a dois tempos, consomem um
combustível especial que é fornecido pela organização, daí que temos um enorme
depósito de 7000 litros de gasolina na área da Alfândega do Porto e isso exige
um cuidado enorme cuidado"
, explica Luís Miguel Ribeiro, acrescentando que "em matéria de segurança não podemos poupar
esforços e nesta prova no Douro, a organização local reforçou sobremaneira o
dispositivo exigido"
, envolvendo adicionalmente cerca de uma centena de
elementos.