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Mais de um quarto do projeto de requalificação do rio Tinto está já executado

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Mais de um quarto do projeto de requalificação do rio Tinto está já concretizado. O ritmo da empreitada, que integra a construção de um intercetor e a criação de um extenso espaço verde e de lazer, foi hoje aferido numa apresentação pública com responsáveis das duas autarquias envolvidas, Porto e Gondomar. 

Este é "um dos maiores projetos atualmente em curso a nível ambiental na região Norte", representando "a solução do maior problema ambiental no Porto", acentuou na sessão Filipe Araújo, vice-presidente e vereador do Ambiente da Câmara do Porto. Os trabalhos no terreno começaram no passado dia 23 de junho e em pouco tempo executou-se já "27 por cento da obra", pese embora a sua complexidade.

Filipe Araújo reconheceu que a ausência de chuva teve influência no ritmo da empreitada, mas para o registo positivo que se tem mantido conta sobretudo o facto de decorrerem em simultâneo sete frentes de obras, quatro no Porto e três em Gondomar. "É algo que está a grande velocidade, com o empenho de todos os envolvidos".

Prioritária para a qualidade ambiental da área metropolitana, a intervenção permitirá despoluir o Tinto e dar nova vida às suas margens. Conforme o projeto, os lugares atravessados por este afluente do Douro serão reabilitados urbanisticamente, permitindo o surgimento de uma nova área verde do centro de Gondomar até ao Freixo.

Desta obra - com um valor global superior a 9 milhões de euros - resultará a ligação entre o Parque Urbano de Rio Tinto, que terá 36.500 metros quadrados, e o Parque Oriental da Cidade do Porto, que aumentará a sua área para 20 hectares. No âmbito deste processo de regeneração, o Tinto deverá atingir o bom estado ecológico até ao final de 2021.

Trata-se, seguramente, de um projeto que afetará positivamente a qualidade de vida na área envolvente ao rio Tinto, salientou Filipe Araújo. "Depois da construção do intercetor e de o rio estar despoluído e saudável", ressurgirão margens verdes, com biodiversidade, que poderão ser "percorridas e usufruídas por todos".

O vice-presidente da Câmara do Porto lembrou que esta intervenção manifesta o compromisso, assumido há quatro anos, de "real reabilitação da zona oriental da cidade", juntamente com outros projetos em desenvolvimento como a reconversão do antigo matadouro industrial e a construção do Terminal Intermodal de Campanhã.

"Para Campanhã ter sucesso no futuro, é fundamental a preservação do seu meio ambiente e de toda a sua estrutura ecológica", concluiu Filipe Araújo.

Também José Fernando Moreira, vereador do Ambiente da Câmara de Gondomar, focou a importância deste investimento, que está a levar ao surgimento de "um espaço de biodiversidade" onde as famílias poderão desfrutar de "uma boa qualidade" ambiental. A cumprir-se este ritmo, em meados de 2019 será possível "caminhar do Parque Urbano de Rio Tinto até ao Parque Oriental da cidade do Porto".