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Livraria Lello celebrou aniversário com visitas ilustres e ideias de futuro

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Um "anúncio arrojado" e vários visitantes ilustres fizeram a festa do 113.º aniversário que a Livraria Lello celebrou neste domingo.

A presidente da administração da célebre livraria, Aurora Pinto, e o administrador José Manuel Lello convidaram para o evento diversas personalidades e puderam contar com a presença do presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, do filósofo Eduardo Lourenço, da Ministra da Cultura, Graça Fonseca, do Ministro dos Negócios Estrangeiros, Augusto Santos Silva, do diretor da Torre dos Clérigos, Luís Pedro Martins, e dos jornalistas Germano Silva e Carlos Magno entre muitos visitantes.

O programa incluiu diversas iniciativas e a livraria teve entrada gratuita durante todo o dia, mas o ponto alto foi o anúncio do interesse da Lello em comprar as primeiras edições de "três obras importantíssimas da literatura mundial". Feitas com a pompa de uma Bolsa de Valores a que não faltou o icónico toque do sino, as Ofertas Públicas de Aquisição (OPA) incidiram sobre "Os Lusíadas" (1572), de Luís de Camões, a "Gazeta da Restauração", primeiro jornal do Reino de Portugal e publicada em 1641, e "Harry Potter e a Pedra Filosofal", da saga para que a escritora inglesa J.K. Rowling se inspirou quando viveu no Porto e visitou a icónica livraria.

A Lello, que se assume como "a maior exportadora de literatura portuguesa", tem um orçamento total de 321 mil euros para estas aquisições, sendo cerca de 1 500 euros destiados à Gazeta (data-limite da oferta é 3 de maio por ser o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa), 250 mil euros para "Os Lusíadas" (até 10 de junho, Dia de Camões) e 70 mil euros para o livro de Harry Potter (até 31 de julho, data de aniversário do feiticeiro).

Com uma média de venda de livros que anda nos 1 200 exemplares diários, a Livraria Lello recebeu em 2018 um total de 1,4 milhões de visitantes.