Cultura

Joana Gama e as Sopa de Pedra aproximam a música tradicional e a erudita

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A pianista Joana Gama e o grupo vocal feminino Sopa de Pedra atuaram em conjunto no

Festival Bons Sons, no passado domingo na aldeia de Cem Soldos, em Tomar, começando assim a revelar um projeto que estão a desenvolver com o apoio da Câmara do Porto.

O concerto constituiu um work in progress da criação "O figo que prometeste", um dos selecionados para o programa de apoio municipal Criatório em 2019, que continuará a ser desenvolvido até 2020.

O trabalho de Joana Gama e das Sopa de Pedra explorava, separadamente, algum
repertório de música tradicional portuguesa. Neste projeto que aproxima a herança tradicional e a música erudita, estão a colaborar na criação de um concerto/performance para voz, piano e percussão, em que revisitam o repertório dos autores Fernando Lopes-Graça e Amílcar Vasques-Dias.

A pianista Joana Gama tem-se desdobrado em múltiplos projetos a solo, dedicados ao repertório clássico, e em colaborações nas áreas das artes visuais, do teatro, da dança e da música experimental, alargando os domínios e contextos do seu trabalho. Privilegia o repertório musical dos séculos XX e XXI, incorporando frequentemente música contemporânea portuguesa nos seus programas.

As Sopa de Pedra são um grupo nascido no Porto e composto por 10 mulheres, que se dedica à investigação musical, criação e interpretação de arranjos originais da música popular portuguesa. Conquistaram já um lugar incontornável na reinvenção da música tradicional portuguesa. O seu repertório inclui sobretudo obras de transmissão oral das várias regiões portuguesas, estendendo-se dos cânticos mirandeses às baladas açorianas, passando pelas cantigas de adufeiras até ao cante alentejano.

O Criatório é um programa municipal de financiamento que tem como principais objetivos contribuir para a consolidação da atividade de artistas e agentes culturais provenientes de múltiplas disciplinas artísticas, os quais podem encontrar no Porto um contexto propício ao desenvolvimento da sua prática profissional. É um dos projetos integrantes da Pláka, plataforma que consubstancia a política municipal do Porto para apoio à prática artística contemporânea na cidade.