Cultura

In Spiritum fecha nos Paços do Concelho com as suites para violoncelo de Bach

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O violoncelo Montagnana que pertenceu a Guilhermina Suggia volta a ser tocado, hoje e amanhã, nos dois concertos finais do In Spiritum - Festival de Música do Porto, que se realizam no salão nobre da Câmara Municipal.

Encerrando um programa de sete concertos que, desde sábado, está a levar a música a diversos espaços históricos da cidade, o festival coproduzido pela Câmara do Porto tem ainda para apresentar a integral das suites para violoncelo de Bach.

As suites n.º 1, 3 e 5 (hoje, 21h30) e n.º 2, 4 e 6 (terça-feira, 21h30) serão interpretadas no célebre violoncelo Montagnana, que pertenceu a Guilhermina Suggia, pelo músico norte-americano radicado no Porto há quase 30 anos Jed Barahal.
A obra foi resgatada do esquecimento pelo violoncelista Pablo Casals, em 1889, e tornou-se uma das referência deste instrumento. As suites terão sido compostas no período em que o compositor trabalhou em Cöthen (entre 1717 e 1723) e crê-se que foram escritas para os dois excelentes violoncelistas ao serviço do Príncipe Leopold: Bernard Linigke e Carl Ferdinand Abel. 

Guilhermina Suggia, uma das maiores violoncelistas do seu tempo, foi aluna de Pablo Casals, com quem viveu entre 1906 e 1913, e interpretou as suites para violoncelo de Bach ao longo da sua carreira com grande sucesso.

Jed Barahal, professor adjunto da ESMAE - Escola Superior de Música, Artes e Espectáculo do Instituto Politécnico do Porto desde 1993, tem desenvolvido a sua carreira em três continentes como solista, em recital, e em música de câmara. Mestrado em música pela Yale University e licenciado pela Juilliard School de Nova Iorque, estudou com Harvey Shapiro, Lorne Munroe e Aldo Parisot, e frequentou masterclasses com Pierre Fournier, Paul Tortelier e Janos Starker. Possui um extenso repertório que abrange todos os estilos. Foi 1.º violoncelo solo da Orquestra Sinfónica do Estado de São Paulo (Brasil), Orquestra do Capitólio de Toulouse (França) e da Régie Sinfonia do Porto, entre várias. Entre as suas gravações de CDs figuram obras de George Crumb, Carlos Azevedo, Jorge Peixinho, Astor Piazzolla e António Pinho Vargas. Em 2006 lançou um CD comemorativo com obras de Fernando Lopes Graça e Luís de Freitas Branco, com a pianista Christina Margotto, com quem mantém um duo há 20 anos. Com a Orquestra Raízes Ibéricas gravou em CD os concertos de Boccherini em ré (Numérica, 2007) e em sol (Numérica, 2011).

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