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"Há uma nova forma de fazer cidade", diz presidente da Junta de Campanhã sobre o projeto para o Matadouro

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Cerca de 700 pessoas assistiram ontem à apresentação pública do projeto que irá transformar o antigo Matadouro Industrial num pólo de desenvolvimento social, cultural e económico na zona oriental do Porto. Durante a apresentação, Ernesto Santos, presidente da Junta de Campanhã, expressou gratidão e disse que o projeto vai mudar a cidade.


O presidente
da Câmara do Porto afirmou que as obras de reconversão irão arrancar em 2017 e
representam um investimento de 10 milhões de euros.


"O projeto
de arquitetura está pronto, agora temos de avançar com as especialidades e,
depois, abrir um concurso público internacional, por isso, as obras vão demorar
sempre mais de um ano a arrancar", explicou Rui Moreira, durante a apresentação.


Desativado
há mais de 20 anos, o antigo Matadouro Industrial de Campanhã está implantado
num terreno com 29 mil metros quadrados e resulta de um projeto aprovado em
1910 pela Câmara do Porto. Segundo o presidente da Câmara, o projeto desenhado "cola
três partes do triângulo prioritário para a cidade" que são a economia, a cultura
e a coesão social, eixos no qual os portuenses "confiaram", aquando a sua
candidatura à Câmara do Porto.


"Queremos
que este espaço, que equivale a três campos de futebol, passe a ser uma rua do
Porto onde as pessoas passem, estejam ou pratiquem atividades", salientou o
autarca.


Um terço do
edifício será dedicado a empresas algo que, para Rui Moreira, "vai trazer
gente, trabalho e emprego". "O nosso objetivo é que este espaço esteja cheio de
pessoas a trabalhar e não que venham cá apenas para as atividades culturais,
para que seja sustentável", realçou.


Rui Moreira
frisou que o executivo "sabia que não queria vender, nem demolir o matadouro",
tendo sido esta uma opção que vai beneficiar a cidade.


O presidente
da Junta de Freguesia da Campanhã, Ernesto Santos, presente na apresentação fez
questão de manifestar publicamente o seu "profundo sentido de gratidão pela
governação da cidade do Porto que demonstra, finalmente, que há de facto uma
nova forma de fazer cidade".


Ernesto
Santos salientou ainda que Rui Moreira "comprometeu-se" em campanha eleitoral
em "dar vida ao matadouro" e cumpriu.


Coube a
Guilherme Blanc, adjunto de Rui Moreira para a Cultura, explicar as diferentes
componentes que farão do Matadouro um projeto estrutural para a cidade. Vão ser
criadas 10 valências: "Área de Empresas Criativas e Tecnológicas",
"Museu da Indústria", "Arte e Comunidade", "Reserva de
Arte Contemporânea", "Nave-multiusos", "Laboratório de
Gastronomia", "Estúdios Média e Audiovisual", "Artes e
Ofícios Tradicionais", "Polo de Desporto" e "Residências
Criativas".


O projeto
para o equipamento contempla também "uma passagem privilegiada e ligação ao
Metro para servir visitantes, trabalhadores e a população residente na zona da
Corujeira" e um "novo atravessamento pedonal entre a Via de Cintura Interna
(VCI) e a linha de caminho-de-ferro".


O projeto foi
levado na semana passada à

Trienal de Arquitetura e Design de Milão, onde, no
âmbito de uma parceria com a ESAD, Escola Superior de Artes e Design, foi
mostrado à comunidade especializada internacional.


Depois da apresentação
e exibição de um filme sobre a transformação do espaço, seguiu-se um evento de
comemoração, com música a cargo de vários dj's.