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FITEI entra na 41.ª edição com livro dos 40 anos e mais de 20 espetáculos

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O FITEI - Festival Internacional de Teatro Expressão Ibérica começou hoje a 41.ª edição com a apresentação, no Rivoli, do álbum comemorativo dos primeiros 40 anos. O "Livro dos exílios reais e imaginários", de Jorge Louraço, é uma viagem por quatro décadas de festival através do registo fotográfico. Entre memórias e desejo de futuro, pontas que se uniram na sessão desta tarde, é o presente que chama o público para a festa do teatro e das artes performativas

Até 22 de junho, o FITEI propõe mais de 20 espetáculos, distribuídos por salas de cinco cidades - além do Porto, onde se concentra a maioria da programação, Matosinhos, Vila Nova de Gaia, Viana do Castelo e Felgueiras.
"Empoderamentos" é a palavra forte que orienta a edição 2018 do festival, apoiado pela Câmara do Porto. 

Este primeiro dia faz-se com dois espetáculos: o monólogo "Longe", de Raquel S, sobe à cena neste final de tarde e regressa amanhã ao palco do Teatro Campo Alegre; e "Caranguejo Overdrive", da brasileira Aquela Companhia, apresentada no Teatro Rivoli, hoje à noite e amanhã, antes de ir à Casa das Artes de Felgueiras, no dia 16. 

O Campo Alegre recebe ainda, no sábado e no domingo, "Margem", a nova obra do português Victor Hugo Pontes, cujo guião tem como ponto de partida a obra "Capitães da Areia", de Jorge Amado, adaptada por Joana Craveiro, "com um elenco de adolescentes".

Também Marco Martins mostra, no Rivoli, "Provisional Figures - Great Yarmouth", em estreia nacional, uma reflexão sobre o surto migratório português da última década.

Com duas récitas, agendadas para sexta-feira e sábado no Rivoli, a peça, estreada em 25 de maio no Festival de Norfolk e Norwich, foi criada a partir de um trabalho com um grupo de não-atores de Great Yarmouth, na maioria portugueses, a partir das experiências pessoais de imigrantes e locais, para refletir sobre a atualidade política.

Entre os destaques desta edição está a produção mexicana "Mendoza", de Los Colochos, que é apresentado no dia 20 de junho no Teatro Nacional São João e no dia 22 Teatro Municipal Sá de Miranda, em Viana do Castelo.

O espetáculo, desenvolvido a partir de um laboratório de criação cénica promovido em vários bairros na Cidade do México, entre 2007 e 2013, segue a saga do general José Mendoza, numa adaptação de "Macbeth", de Shakespeare, para o contexto da revolução mexicana de 1910, pelo encenador Juan Carrillo.

Entre as obras apresentadas no TNSJ, nota ainda para a estreia, nesta quarta-feira, dia 13, da produção própria de "Lulu", encenada por Nuno M. Cardoso, a partir de Frank Wedekind, em cena no Teatro Carlos Alberto.

À margem dos espetáculos estão ainda várias oficinas, de escrita dramatúrgica à criação colaborativa e internacionalização de projetos, além de um concerto para a Síria, no dia 21, da responsabilidade da Escola Superior Artística do Porto, e dos vários lançamentos de revistas especializadas ou dos debates e de conversas após as récitas.

Em setembro e outubro, o festival volta por um período breve com "programação extra", devido aos atrasos na receção dos apoios da Direção-Geral das Artes (DGArtes) para a edição de 2018, no valor de 203 mil euros, como lembra a agência Lusa.

No Convento Corpus Christi, em Gaia, e nos dias 14 e 15 de setembro, a chilena Paula Aros Gho vai apresentar "Correo", num dos momentos da ?extensão' temporal do festival.

A residência artística do argentino Federico León "Yo Escribo, Vos Dibujás" realiza-se de 07 a 14 de outubro, no Porto, com a intenção de trabalhar com atores portugueses e estrear uma nova obra no FITEI de 2019.