Cultura

Festival MEXE com a cidade a partir de dia 16 mas o aquecimento já começa nesta sexta-feira

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A V edição do MEXE chega ao Porto de 16 a 22 de setembro. O festival promove o Encontro Internacional de Arte e Comunidade e vai ocupar 22 salas e espaços públicos da cidade com conferências, espetáculos, paradas, oficinas e criações originais, em torno do tema "o comum". A partir desta sexta-feira até domingo (dia 15), a pré programação arranca com um fim de semana dedicado ao cinema documental. 

São mais de 70 propostas artísticas que "pretendem despertar o debate em torno da construção de espaços de criação, participação e cidadania em tempos de instabilidade política e social", assinala em comunicado o Espaço de Contacto Social e Cultural (PELE), promotor do festival.

A partir de hoje, dia 13, começa a ser exibida uma série de sete documentários, a maioria em estreia nacional, que revelam processos e práticas artísticas que se cruzam com educação e cidadania. As sessões decorrem no Cinema Trindade e Associação de Moradores da Lomba.

O pré-MEXE incluirá ainda a apresentação de "Tu e Eu, e agora?", uma peça do Triumph'arte - Grupo de Teatro Comunitário de Esposende e #nãoénão, uma criação do Núcleo de Teatro do Oprimido do Porto / PELE.

Feito o warmup, o evento arranca em pleno na próxima segunda-feira, com uma programação alicerçada em quatro eixos essenciais: Pensamento, Apresentação, Formação e Documentação.

Novidade maior este ano é o Mexe Praça. Localizado no Jardim de São Lázaro, será palco de uma programação musical diversa, a produção de uma fanzine diária, conversas e aparições improváveis. Por lá, passarão os concertos do Coro da Fundação Manuel António da Mota, dos OUPA CERCO, de Fado Bicha e do projeto TumTumTum.

Será também neste jardim municipal que se realiza a conversa com o filósofo Vladimir Safatle, centrada numa reflexão em torno dos limites das dicotomias entre humanidade e animalidade, humanidade e inumanidade. E ainda vai ser centro do espetáculo de abertura, "ilha-jardim", uma criação original da PELE que ensaia novas formas de habitar o espaço de vizinhança, às 19 horas do dia 16.

O evento envolve mais de 400 pessoas, 27 grupos oriundos de seis países e reserva um lugar especial para a criação artística Africana, Latino-americana e do Sul da Europa.

Na programação, destaque para a estreia nacional da peça "Empty the Space", espetáculo que chega do Uganda e que vai transformar o movimento num diálogo sobre o espaço nos tempos modernos, num jogo constante entre a dança contemporânea e os ritmos mais tradicionais de África. Apresenta-se no Teatro Carlos Alberto (TeCA) no dia 19, às 21 horas.

Ou para o espetáculo "Isto é um Negro?", da companhia brasileira EQuem Égosta?, uma proposta sobre o que é ser negro e negra no Brasil, que sobe ao palco do TeCA dia 21 (sábado), também às 21 horas.

O MEXE integrará ainda uma mão cheia de oficinas, conversas, apresentações de livros e instalações que envolverão diretamente mais de 300 cidadãos do Porto. Esta edição mantém o acesso gratuito a praticamente toda a programação e interpretação em Língua Gestual Portuguesa, reforçando a preocupação com a democratização e democracia cultural como processos ainda por concluir.

A programação completa do evento pode ser consultada em mexe.org.pt.