Sociedade

Festival Extremus promove inclusão através das artes

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Arranca esta quarta-feira a edição de 2017 do Festival Internacional Extremus, promovido pela Associação de Paralisia Cerebral do Porto (APPC). Até sábado, dia 28 de outubro, há várias atividades espalhadas por auditórios e escolas do Porto e de Gondomar, que juntam no mesmo palco atores com e sem deficiência.

A companhia "Era uma
vez... Teatro" da APPC é a anfitriã dos projetos culturais e educativos
trazidos por companhias nacionais e estrangeiras. Para os quatro dias estão agendadas mais de duas dezenas de atividades, desde peças de teatro, oficinas, sessões de música e dança, entre outras.


Mónica Cunha, da
organização e encenadora da companhia anfitriã, em declarações à agência Lusa,
destacou as expressões na música, dança e teatro, sem esquecer a vertente
formativa do evento. A encenadora falou da importância de evolver os mais jovens, recusando os rótulos de "inclusivo ou
especial", pois considera que "não há teatro inclusivo nem especial, há teatro".


Designado por Extreminhus
(nome dado à vertente infantil do festival Extremus), este ano, a organização
optou fazer itinerância pelas escolas, porque considera que "deve fazer parte
do projeto educativo a sensibilização para a diversidade", disse Mónica Cunha.


Nesta edição, destaque
para a estreia absoluta da peça "Epidemia Urbana" que parte de textos da obra
"Ensaio sobre a Cegueira" de José Saramago e que vai a cena no sábado, pelas
16,30 horas, na Fundação José Rodrigues.


A iniciativa conta,
este ano, com as participações, das companhias das APPACDM (Associação
Portuguesa de Pais e Amigos do Cidadão Deficiente Mental) de Ponte de Lima,
Santarém e Viana do Castelo, bem como instituições ligadas à paralisia cerebral
de Lisboa e Coimbra, o Centro de Reabilitação e Integração Torrejano (Torres
Novas), a Sociedade Columbófila Dez de Junho (Gondomar), a Fundação ANADE, de
Madrid, e a Companhia Bacantoh, de Barcelona. 


O festival vai
circular por vários palcos de ambas as cidades: Auditório Horácio Marçal
(Paranhos), Auditório Municipal de Gondomar, Escola EB 2,3 Júlio Dinis
(Gondomar), Escola Secundária do Cerco do Porto e, ainda, Fundação Escultor
José Rodrigues (Porto).


De acordo com
informação da APPC, desde o seu arranque, em 1999, o Extremus, com
periodicidade bianual, já foi responsável pela programação de 130 espetáculos e
apresentou em palco 95 companhias profissionais e amadoras de pessoas com
deficiência. O Extremus é cofinanciado pelo Programa de Financiamento a
Projetos pelo Instituto Nacional de Reabilitação.


+Info: Programa Completo | APPC