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Empresas têm 90 dias para apresentar propostas das novas linhas do Metro

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Miguel Nogueira

Os concursos para a expansão da rede do Metro do Porto entraram na reta final e os sete concorrentes têm 90 dias para apresentar propostas para as empreitadas, avaliadas em 307 milhões de euros. As obras devem arrancar dentro de poucos meses e permitirão, depois de concluídas, conquistar mais 10 milhões de clientes, com reflexos ambientais e na mobilidade do Porto.

Os concursos para a expansão da rede do Metro do Porto entraram na reta final e os sete concorrentes dispõem, desde ontem, de 90 dias para preparar e apresentar as suas propostas para as empreitadas, segundo informação avançada pela empresa.
O que está em causa são as obras da Linha Rosa e da Linha Amarela, que representam um investimento total de 307 milhões de euros e cujo arranque deverá acontecer nos próximos meses. 

As empreitadas vão decorrer entre 2020 e 2023 e incluem a construção de seis quilómetros de linha e sete estações. Os estudos relativos a esta expansão do Metro apontam para um cenário de conquista de mais de 10 milhões de novos clientes anuais, com todos os impactos ambientais positivos que daqui decorrem, bem como a diminuição do número de automóveis particulares a circular na cidade.

A construção da Linha Rosa, entre as estações de São Bento e da Casa da Música, tem um prazo de execução de 42 meses, enquanto o do prolongamento da Linha Amarela entre Santo Ovídio e Vila d'Este é de 34 meses. O investimento global considerado para a expansão é de 307 milhões de euros, valor que inclui as empreitadas objeto destes presentes concursos, bem como os encargos relativos a conceção e projeto, expropriações, fiscalização e instalação dos sistemas de sinalização e apoio à exploração.

Serviço reforçado para hospitais, escolas e universidades

Com esta etapa de crescimento, o Metro vai reforçar a ligação aos hospitais, unindo os principais polos do Serviço Nacional de Saúde no centro da Área Metropolitana, passando a chegar ao Hospital de Santo António, ao Hospital Santos Silva e ao Centro Materno-Infantil (o Hospital de São João, o Hospital Pedro Hispano e o IPO são já servidos pela rede atual).

Ao mesmo tempo, aumenta também a cobertura junto de instituições de ensino básico, secundário e superior, naquele que é, por excelência, o meio de transporte preferido dos jovens e dos estudantes. Entre os destinos das novas linhas estão a Escola Soares dos Reis, em Gaia, e a Escola Gomes Teixeira, no Porto. Mas está também parte do Polo Universitário do Campo Alegre, com as Faculdades de Letras, de Arquitetura e de Ciências a menos de 10 minutos a pé da futura Estação da Galiza, na Linha Rosa. O Metro vai ainda alcançar zonas de elevada densidade populacional, como é o caso da urbanização de Vila d'Este, em Vila Nova de Gaia.

Com a aprovação, por parte da Administração do Metro, dos relatórios dos júris dos concursos para a fase de pré-qualificação, os concorrentes vão ser convidados a apresentar propostas para a execução da Linha Circular (Linha Rosa), Aliados/Praça da Liberdade - Casa da Música/Boavista, com o preço-base de 175 milhões de euros, e para a extensão da Linha Amarela desde Santo Ovídio até Vila d'Este, com o preço-base de 95 milhões de euros.

Os consórcios pré-qualificados para os dois procedimentos são os seguintes:

» Mota-Engil, Engenharia e Construção, S.A. / Spie Batignolles International / Mota-Engil Railway Engineering, S.A.;

» SACYR SOMAGUE, S.A. / DST - Domingos da Silva Teixeira, S.A. / SACYR NEOPUL, S.A. / LUCIOS - Lucio da Silva Azevedo & Filhos, S.A.;

» ACCIONA CONSTRUCCIÓN, S.A. / Casais - Engenharia e Construção, S.A.;

» Alexandre Barbosa Borges, S.A. / Construcciones y Promociones Balzola SA / Geotunel, S.L. / Azvi SA - Delegación Madrid;

» Zagope - Construções e Engenharia, S.A. / COMSA Empresa Constructora (Construcciones Miarna / Fergrupo - Construções Técnicas e Ferroviarias, S.A. / COMSA INST Y SIS INDUS SA;

» Teixeira Duarte - Engenharia e Construções, S.A. / EPOS -Empresa Portuguesa de Obras Subterrâneas, SA / Somafel - Engenharia e Obras Ferroviárias, S.A.;

» Ferrovial Agroman, S.A. / Alberto Couto Alves, S.A.

Os concorrentes têm agora 90 dias para submeter as suas propostas, cabendo depois ao júri dos concursos, segundo os critérios de avaliação - qualidade técnica das propostas e preço - propor a adjudicação das obras.