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Edifício residencial na Rua do Almada e "Casa Rosa" Hotel vencem o Prémio João de Almada 2019

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Já são conhecidos os grandes vencedores do Prémio João de Almada 2019, criado pela Câmara do Porto para incentivar e promover a recuperação do património arquitetónico da cidade. A requalificação de três edifícios contíguos (dois na Rua do Almada e um na Rua de Alferes Malheiro), assinados pelo gabinete Figueiredo + Pena, Arquitectos, venceu na categoria "Edifícios Residenciais", ao passo que o projeto de reabilitação "Casa Rosa" Hotel, da autoria do arquiteto Nuno Graça Moura, foi considerado o melhor entre os "Edifícios Não Residenciais".

A 18.ª edição do concurso recebeu um recorde de 33 candidaturas, o número mais elevado de concorrentes desde a instituição do Prémio há 30 anos. Após uma primeira seleção dos trabalhos e visitas às respetivas obras, o júri foi unânime na atribuição dos dois galardões, já aprovados pelo Executivo Municipal. 

Relativamente ao projeto de reabilitação da autoria do gabinete Figueiredo + Pena, Arquitectos, para o edifício da Rua do Almada, 554/556 e Rua Alferes Malheiro, 163, o júri decidiu atribuir o primeiro lugar na categoria "Edifícios Residenciais", por entender que "constitui o melhor exemplo de reabilitação entre as obras concorrentes na categoria homóloga". Além disso, sublinha que o projeto "apresenta qualidades em todas as vertentes da análise arquitetónica, demonstrando um particular cuidado na recuperação dos valores patrimoniais e na reinterpretação das tipologias originais, assim como na execução das ampliações modernas que demonstram uma sábia leitura no conhecimento arquitetónico, urbanístico e histórico da envolvente", detalha.

O prémio tem um valor pecuniário de 10.000 euros, correspondendo 7.000 euros ao gabinete Figueiredo + Pena, Arquitectos, e 3.000 euros ao proprietário do imóvel, neste caso Red Crown, Sociedade Unipessoal, Lda.

Já o prémio da categoria "Edifícios Não Residenciais" foi atribuído ao projeto de reabilitação do edifício da Rua da Alegria, 71, denominado "Casa Rosa" Hotel. Da autoria do arquiteto Nuno Graça Moura, Arquitetura Lda., esta obra "põe em evidência um conhecimento profundo do edifício pré-existente construído nos finais dos anos 40 do século XX", considera o júri. Assim, todas as alterações efetuadas na intervenção, continua o grupo que avaliou os trabalhos, "manifestam um desenho arquitetónico que evita ruturas e assume as continuidades dos valores presentes no edifício".

Também neste âmbito o primeiro prémio assume um valor pecuniário de 10.000 euros, correspondendo 7.000 euros ao arquiteto Nuno Graça Moura, Arquitetura Lda., e os restantes 3.000 euros à Incredible Place, Unipessoal, Lda, proprietária do imóvel.

Considerando a qualidade, caráter exemplar e pedagógico, as boas práticas identificadas e escolha adequada dos materiais nas intervenções de reabilitação analisadas, o júri decidiu ainda atribuir Menções Honrosas, sem valor pecuniário, aos seguintes projetos:

- Habitação na Rua do Rosário, 307, projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos DEPA Architects + Margarida Leitão, sendo proprietária Margarida Maria de Albuquerque Leitão;

- Imóvel na Rua do Padre Fernão Cardim, 10, projeto de reabilitação de aNC Arquitetos, da proprietária Imospasio, Sociedade de Gestão de Bens Imobiliários;

- Reservatório da Pasteleira, localizado no Jardim da Pasteleira/Rua de Diogo Botelho, projeto de reabilitação do Atelier 15 - Arquitetos Alves Costa e Sérgio Fernandez, propriedade da empresa municipal Águas do Porto;

- Edifício dos Albergues Nocturnos do Porto, instalado no n.º237 da Rua dos Mártires da Liberdade, que resulta de um projeto de reabilitação da autoria dos arquitetos Nuno Valentim, Frederico Eça e Margarida Carvalho, sendo proprietária a Associação dos Albergues Nocturnos do Porto.

O Júri da 18.ª edição do Prémio João de Almada, atribuído bienalmente, foi presidido pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, e integrado também pelo arquiteto Carlos Guimarães, em representação da Faculdade de Arquitectura da Universidade do Porto; pela arquiteta Luísa Bebiano Correia, da Ordem dos Arquitectos (Secção Regional Norte); pelo engenheiro Bento Machado Aires, representando a Ordem dos Engenheiros; pelo arquiteto David Viana, da direção municipal de Urbanismo; pelo arquiteto Luís Aguiar Branco, do departamento municipal de Gestão Cultural, e ainda pelos arquitetos Joana Vasconcelos e José Manuel Gigante, vencedores da edição anterior do Prémio nas categorias Residencial e Não Residencial, respetivamente.