Sociedade

Deputado do PSD do Porto diz que terreno afeto ao Fundo do Aleixo pelo anterior executivo não vale dois mas quatro milhões

  • Notícia

    Notícia

terrenoaleixo.jpg

O deputado municipal Tiago Fonseca, do PSD, questionou ontem
à noite, durante uma sessão da Assembleia Municipal, o valor de 2,485 milhões
de euros, que servirá de base de licitação a uma eventual hasta pública sobre um
terreno adquirido pela Câmara do Porto ao Fundo do Aleixo. A aquisição do
terreno fez parte da solução encontrada pela autarquia para resolver a difícil
encruzilhada em que se encontrava o processo do Bairro do Aleixo e
foi feita por pouco mais de 2,1 milhões de euros, ou seja, por valor inferior. O anterior executivo tinha-lhe atribuído um valor semelhante ao atual.


A Câmara quer agora pôr na sua bolsa de vendas, um terreno
por um valor superior ao da sua compra. Ou seja, a autarquia conseguirá, desta
forma, fazer um bom negócio que lhe permitiu também ajudar a resolver os
problemas de reabilitação da zona, realojando os moradores em habitação social
nova paga pelo Fundo do Aleixo e ainda ter lucro com a venda do terreno.


O deputado da PSD, contudo, questionou o negócio, achando
que o terreno poderia valer mais do que a base de licitação estabelecida pela
Câmara e, substituindo-se aos avaliadores certificados, fez a sua avaliação "pessoal",
que seria de 4 milhões.


Rui Moreira respondeu, esclarecendo que o valor de compra
não apenas foi auditado pelo Tribunal de Contas, como a avaliação foi realizada
por avaliador certificado, mas acrescentou: "se o senhor deputado acha que o
terreno vale 4 milhões e a Câmara o comprou por pouco mais de dois milhões,
então teremos conseguido fazer um negócio da China".


Também o deputado do PS, Gustavo Pimenta lembrou que o
terreno tinha sido afectado ao fundo pelo anterior presidente da Câmara por 2,2
milhões de euros, pedindo-lhe que explique a discrepância entre o valor que
entende ser correto e aquele que o anterior executivo lhe atribuiu. Contudo,
Tiago Fonseca, não respondeu.

Assista em vídeo à discussão do assunto na Assembleia
Municipal de ontem.