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Criminalidade cai a pique em todos os tipos de crime no Porto nos últimos anos

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Do furto de automóveis, aos assaltos em residências e aos crimes contra a integridade física, todo o tipo de criminalidade está a cair no Porto. A cidade regista, em alguns itens, quebras superiores a 50% na criminalidade nos dois últimos anos. Os números, com origem no Ministério da Administração Interna, foram hoje relevados pelo Jornal de Notícias.

Entre os números revelados pelo JN, destaque para os crimes contra a vida em sociedade, que diminuíram mais de 16% nos dois último ano e 17% de 2015 para 2016, e para os crimes contra o património, que caíram quase 6% dos dois últimos anos, mas cuja quebra é de 12,2% no último ano. Os crimes contra pessoas caíram 3,7% nos dois últimos anos.

Mas há mais, esmiuçando os dados provenientes do Ministério da Administração Interna, conclui-se que os furtos em veículos motorizados caíram mais de 11% no último ano (5,3% nos dois últimos anos) e que o roubo de automóveis caiu 7,5% nos dois últimos anos.

Os furtos em residências caíram ainda muito mais, com quebras superiores a 30%, quer em casas com escadas (32,1%), quer em casas sem escadas (36,6%) nos dois últimos anos. Já os crimes contra a integridade física de pessoas caíram 7,1% em dois anos e só no último ano, a quebra foi superior a 5%.

Os furtos de metais não preciosos e os furtos em supermercados registam valores ainda mais significativos, com quebras superiores a 65%, nos dois últimos anos.

Os únicos valores que apresentam crescimento dizem respeito a crimes contra a reserva da vida privada, contra a honra e furto por carteirista (1035 em 2015 contra 1066, em 2016). Mesmo assim, estes valores são considerados baixos, comparativamente a cidades com boa afluência turística. Também os crimes contra a vida subiram, ainda que os valores, por serem muito baixos, registem de ano para ano oscilações bastante grandes e normais. Em 2016 foram apenas registados 19 deste tipo de crime, contra 16, em 2014, e 13, em 2015.

O JN publica ainda relatos de moradores que dizem que o principal factor de segurança é a presença humana nas ruas, apontando a movida e a animação da cidade como benéficos. "A movida traz muita gente para as ruas à noite. Veem-se muitos jovens e é seguro", relato um. "Antes as pessoas nem saiam de casa com medo. Hoje é diferente", relata outro que, segundo o JN, se congratula com a vinda dos turistas para a cidade.