Sociedade

Traje de Papel à conquista de Ceuta

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Uma das mais antigas e originais tradições do Porto é o
cortejo do traje de papel, que anualmente acontece no âmbito das Festas de São
Bartolomeu. A edição deste ano desafiou São Pedro, que lá aguentou a chuva e
permitiu que os trajes, produzidos pelas coletividades locais, fossem mostrados
por centenas de figurantes, que evocaram os 600 anos da conquista de Ceuta, a
milhares de espetadores.

A liderar o desfile, o presidente da União das Freguesias de
Aldoar, Foz do Douro e Nevogilde, Nuno Ortigão, e a encerrá-lo, nem mais nem
menos do que o presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, o que nunca antes
tinha acontecido. O autarca, que nos últimos anos tinha assistido de fora ao
cortejo, quis, desta vez, vestir a pele do Infante Dom Henrique, e ir para a
rua, integrado no Orfeão da Foz do Douro.


O desfile, que começou na Cantareira e percorreu a rua do
Passeio Alegre, parte da avenida do Brasil e as ruas da Senhora da Luz e de São
Bartolomeu, terminou na Praia do Ourigo, com o banho merecido na praia, para
que a tradição se cumprisse até ao fim e em toda a sua extensão.


A presença do presidente da Câmara do Porto no desfile não
tinha sido anunciada, embora viesse a ser preparada há muito, o que motivou o espanto,
mas também o aplauso, da multidão, que nem um dia cinzento, ventoso e frio de
agosto afastou da tradição.