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"Combinação perfeita" de fatores leva mundial da eólica Vestas a escolher o Porto entre 99 cidades

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Entre 99 cidades candidatas, o Porto foi a escolhida pela Vestas para instalar
o seu novo centro de projetos de engenharia. Pelo Norte, Portugal junta-se assim
ao Reino Unido, à Noruega, à Alemanha, à Índia e à Dinamarca, onde está a sede
global da empresa, na frente de centros de Investigação e Desenvolvimento desta
multinacional do setor eólico. A futura estrutura, que irá desenvolver
tecnologia de base para o portefólio de produtos da Vestas, empregará pelo
menos 80 pessoas até o final de 2017 e centenas de engenheiros quando entrar em
funcionamento pleno, em 2020.


Esta tarde, na inauguração dos seus escritórios no Parque de Ciência e
Tecnologia do Porto (UPTEC), a Vestas apresentou os critérios por que escolheu
o Porto, onde encontrou a "combinação perfeita" de quatro pilares: "acesso aos
talentos certos" nas áreas elétrica, mecânica e de engenharia de software;
proximidade a universidades e polos de investigação "de elevado padrão"; ambiente
facilitador do negócio; e apoio local.


Para o presidente da Câmara, a escolha da cidade pela Vestas, "uma
vitória para Portugal", reflete, de facto, "quase tudo acerca das
potencialidades" que hoje se reúnem na região. De tal modo que, do ponto de
vista da atração de investimento, "começa a ser normal os dias serem
importantes" no Porto.


"Temos para atrair investimento uma cidade moderna, confortável,
inovadora, interessante, muito segura e, sobretudo, temos conhecimento" - disse
Rui Moreira nos escritórios da Vestas no UPTEC, frisando que este ambiente
favorável vem-se traduzindo na localização de grandes projetos no Porto. Critical
Software, Euronext e Banco Natixis são exemplos, entre "muitos outros", de uma
dinâmica que torna 2017 num ano "particularmente grato" nesta matéria, mostrando
que a cidade "entrou definitivamente no mapa dos investidores internacionais".


Tecnologias da informação, áreas da Engenharia, setores da Saúde,
Biotecnologia ou Agroalimentar, entre outros, revelam a diversidade de "atividades
de valor acrescentado que estão a mudar a cidade e a contribuir para uma
alteração estrutural do seu padrão de especialização, criando emprego e
revitalizando o seu tecido económico". Nesta transformação urbana, lembrou o
autarca, contam todos. Como realçou, o município surge no processo de atração
de investimento, via Invest Porto, como "apenas um dos instrumentos" de apoio à
iniciativa privada que acrescenta valor à região em termos sociais, económicos
e da inovação.


Sob este enquadramento abrangente, concluiu Rui Moreira, o investimento
da Vestas é "um dos mais significativos, não só pelo impacto no emprego
qualificado da cidade, mas também por vir a criar um profundo impacto numa área
em que o país fortemente aposta há já vários anos - o das energias renováveis,
nomeadamente, da produção de energia eólica".


Como disse o secretário de Estado da Energia, Jorge Seguro Sanches, presente
na inauguração, "a Invicta sempre demonstrou estar à altura para agarrar as
oportunidades e as tendências do desenvolvimento". Também por isso, Jorge
Magalhães, vice-presidente da Vestas em Portugal, é categórico: "Não temos
dúvidas que esta será uma das melhores equipas técnicas do mundo no ramo do
desenvolvimento de produtos eólicos".


Com este investimento, a Vestas quer afirmar a sua liderança no mundo e a "ambição
para reduzir o custo da energia mais rapidamente do que qualquer outra empresa
no setor de energia eólica", ressalva o seu vice-presidente executivo e diretor
de Tecnologia, Anders Vedel.


Para a instalação do futuro Centro de Projetos de Engenharia, que irá
funcionar como uma plataforma independente no universo Vestas, estão a ser
avaliados, atualmente, "diferentes locais na região do Porto", informa a
multinacional. Em causa está um investimento que pode chegar aos 10 milhões de euros, conforme o Porto. já noticiou.