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Coliseu cumprimenta o Outono com Gershwin por Mário Laginha com a OML

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Para dar as boas-vindas ao Outono que chega neste fim de semana, o Coliseu Porto Ageas  preparou um grande concerto para este sábado, dia 22. Em palco, a partir das 21,30 horas, a Orquestra Metropolitana de Lisboa e o pianista Mário Laginha vão interpretar "Rhapsody in Blue", de Gershwin.

Dirigida pelo maestro Pedro Amaral, a formação vai também interpretar neste Concerto de Outono  "O Pássaro de Fogo", de Stravinsky, e "No Reino da Natureza", Op. 91, de Dvorák.

Para o Concerto de Outono, uma coprodução entre o Coliseu Porto Ageas e a Orquestra Metropolitana de Lisboa, com o apoio da Santa Casa da Misericórdia do Porto, é traçada uma linha entre a monumentalidade sinfónica oitocentista e as urgências sonoras no Novo Mundo.

Começa com o Op. 91 de A. Dvorák, uma das três aberturas com que o compositor checo se apresentou ao público nova-iorquino em 1892. "No Reino da Natureza" é um poema sinfónico que não esconde uma dimensão espiritual panteísta, porventura nostálgica de um passado presente.

Contrasta, depois, a "Rhapsody in Blue" de G. Gershwin, obra composta em 1924 em Nova Iorque, no tempo da proibição do consumo do álcool, da proliferação dos espaços de entretenimento noturno e do jazz. Na Broadway despontavam novos talentos, como era o caso de Gershwin, que cruzou o jazz com a música clássica e escreveu o mais popular concerto para piano do Novo Mundo, o que contribuiu para que o seu nome tenha o prestígio universal que hoje em dia se lhe reconhece.

No piano estará Mário Laginha, pianista e compositor que conta com mais de três décadas de carreira, num regresso a uma das mais emblemáticas salas do país: há mais de 10 anos que Laginha não atuava no Coliseu.

Por fim, recua-se até 1909, com a exuberância musical do bailado "O Pássaro de Fogo", a primeira incursão de Igor Stravinsky fora do seu país, precisamente no panorama musical parisiense. Nesta partitura, o compositor aproveitou a sugestão sobrenatural do enredo para se abandonar em ritmos frenéticos que tanto chocaram os mais conservadores como entusiasmaram grande parte da assistência.

A transição entre os séculos XIX e XX foi caracterizada por profundas transformações civilizacionais, com desenvolvimentos científicos e tecnológicos, a par de paradigmas políticos e ideológicos emergentes. As peças artísticas feitas nesse período são, também elas, um testemunho privilegiado desse momento.

Os bilhetes custam entre 20 e 25 euros e estão à venda no Coliseu Porto Ageas, Ticketline e locais habituais.