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Colaboradores da Câmara do Porto têm formação em Saúde Mental no Trabalho

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A Câmara do Porto atua na área da Saúde Mental no Local de Trabalho, através da realização do curso "Ouvir o que não é dito, Primeiros Socorros em Saúde Mental". Esta formação específica, que inicia hoje, tem a duração de 18 horas e é desenvolvido pela ENCONTRAR+SE, que contou com o apoio da Time to Change Campaign e a Mental Health First Aid England, bem como com bem como com o 
patrocínio científico da Escola de Medicina da Universidade do Minho. 

Existem muitas ações efetivas que as organizações podem levar a cabo para promover a saúde mental dos seus colaboradores, seja do ponto de vista individual seja do ponto de vista sistémico, para se promover o bem-estar de todos, com impacto direto na produtividade.
Como tal, Catarina Araújo, vereadora da Juventude e Desporto, Recursos Humanos e Serviços Jurídicos da Câmara do Porto, refere que "o que hoje aqui iniciamos foi o primeiro dia de um curso de primeiros socorros na área de Saúde mental no local de trabalho, que se insere naquilo que foi a definição pela Câmara do Porto através da Direção de Recursos Humanos, no âmbito da sua política de Gestão de Recursos Humanos, de um eixo de intervenção prioritário que é o da Saúde mental no local de trabalho". 

Para lutar contra o tabu e quebrar o estigma da saúde mental, nomeadamente no local de trabalho, Filipa Palha, Psicóloga Clínica e coordenadora deste programa, salienta que esta formação específica "passa por começar a desenvolver nas pessoas uma reflexão sobre o que elas próprias pensam e sentem relativamente ao tema, e com isto quebrar alguns dos mitos e dos preconceitos que existem e depois, então, substituir por informação adequada porque a literacia que existe em saúde mental é uma área na qual somos todos um bocadinho analfabetos. Com este curso queremos ajudar as pessoas não só a ter conhecimento sobre quais são os sinais precoces e intervir, mas ao mesmo tempo conseguir ultrapassar aquilo que é o silêncio e alguma intimidação que todos nós sentimos em falar de um tema que é tabu, por vergonha, por estigma ou por medo de estarmos a invadir um espaço que é privado".

Este curso está inserido no trabalho levado a cabo pela "Encontrar-se", uma IPSS que desenvolve uma ação de promoção da Saúde Mental no âmbito das suas iniciativas de formação e de combate ao estigma na doença mental.

Este "Curso de Primeiros Socorros na Doença Mental - Ouvir o que não é dito", insere-se ainda nas comemorações do XX aniversário do Movimento UPA, que ao longo destes 10 anos tem vindo a desenvolver iniciativas para diferentes grupos-alvo.

"Começamos há dez anos com uma campanha de âmbito nacional, de combate ao estigma e ao longo destes anos fomos desenvolvendo iniciativas para diferentes grupos específicos; começámos nas escolas com alunos do 10º, 11º e 12º anos e com os professores. Neste momento a questão da doença mental no local de trabalho tem uma visibilidade muito grande na medida em que não só tem um impacto no funcionamento e na prestação dos seus colaboradores, mas também no seu bem-estar", conclui Filipa Palha.

Este curso é transversal e aborda todas as temáticas; por um lado o conhecimento, e por outro lado as questões de comunicação. Existe um manual que acompanha o curso e que permite ao formando levar consigo a sistematização do conteúdo que foi abordado.