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CMP vai lançar o concurso que tornará Matadouro em pólo de desenvolvimento de Campanhã e do Bonfim

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Os vereadores vão ficar a conhecer, em reunião pública
de Executivo, na próxima terça-feira, o concurso que a Câmara do Porto vai
lançar nos próximos dias para a reabilitação do Matadouro de Campanhã, que
assim se transformará num espaço empresarial de cultura, inovação e coesão
social. O projeto preliminar, apresentado na Trienal de Milão, em abril de 2016,
está agora pronto para ser posto a concurso.


O modelo de reabilitação e gestão, bem como a
calendarização, serão apresentados aos vereadores pela equipa que tem a seu
cargo a definição do caderno de encargos.





A obra deverá ficar pronta a meio do próximo mandato e a adaptação
do espaço irá permitir alocar várias valências-chave, que assentam nos três
eixos da governação da cidade propostos pelo independente Rui Moreira: coesão
social, economia e cultura.


O antigo Matadouro irá dedicar áreas a empresas criativas e
tecnológicas nacionais e internacionais; à arte e à comunidade e a projetos
sociais e artísticos, em articulação com o tecido social de Campanhã.

A proposta apresenta particular cuidado na recuperação e
manutenção de grande parte da construção original, que se encontra
maioritariamente em estado de degradação, dotando-a, de modo subtil possível,
de todas as infraestruturas necessárias para a implantação das várias valências.


A filosofia da recuperação do espaço tem por base a
tentativa de preservação da imagem de caráter fortemente industrial que ainda
hoje marca aquele conjunto arquitetónico. O desenho dos novos espaços necessários
para dar resposta ao programa delineado, nomeadamente, os auditórios, acervos,
galerias e escritórios, respeita a estrutura e métrica atualmente existentes no
local.


Está contemplada uma passagem privilegiada e ligação ao
Metro para servir visitantes, trabalhadores e a população residente na zona da
Corujeira.

O antigo Matadouro Industrial de Campanhã encontra-se
implantado num terreno com 29 mil metros quadrados e resulta de um projeto
aprovado em 1910 pela Câmara do Porto, com entrada em funcionamento na
plenitude em 1932 e desativado há mais de 20 anos.


No mandato anterior, o espaço chegou a ser posto à venda
pela Câmara do Porto e serviu como armazém e depósito.


Rui Moreira espera que o programa venha a ter um impacto
muito significativo nos equilíbrios da cidade e na captação de muitas atenções
para a freguesia mais oriental do Porto (Campanhã), com as áreas limítrofes a
sofrerem um efeito de contágio positivo. O Matadouro insere-se na política de
reabilitação urbana e na definição das áreas de reabilitação lançadas pelo
autual executivo para a zona oriental da cidade e articula-se com o projeto já
lançado para a construção do Terminal Intermodal de Campanhã.


A apresentação do projeto do antigo Matadouro na 21ª Trienal
de Artes, Design e Arquitetura de Milão foi fruto de uma parceria com a ESAD -
Escola Superior de Artes e Design.