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Cidade encheu o Rivoli para conhecer a nova temporada e o balanço de um projeto fundamental para o Porto

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O novo figurino do Teatro Municipal do Porto (TMP) completou ontem exatamente cinco anos e a data foi de festa com acesso aberto à cidade. Plateia e Balcão do Rivoli encheram ao final da tarde para ser revelada a nova temporada 2019/2020 e o presidente da Câmara, Rui Moreira, aproveitou para fazer o balanço deste projeto que lançou com Paulo Cunha e Silva, falando de "um percurso intenso e vibrante". A noite acabou ao ar livre com a multidão que saiu do Rivoli a encher a Praça de D. João I para assistir e participar no concerto dos Baleia Baleia Baleia.

O ambiente informal do evento não deixou, porém, de servir para afirmar a valia da aposta política que o Teatro Municipal do Porto representou nos últimos anos, com reflexos importantes no panorama cultural, tanto no tocante a espetáculos como na dinamização dos artistas e agentes culturais da cidade, como destacou Rui Moreira.

Antes mesmo de o autarca subir ao palco, eram projetados no ecrã alguns números factuais que suportariam a sua declaração e comprovariam "de forma mais evidente e indesmentível que a sua [do TMP] existência é fundamental para a cidade e para o país": só nos últimos 11 meses, foram apresentados mais de 500 espetáculos, envolvidos mais de 4 mil artistas e recebidos mais de 600 mil espectadores, o que resultou numa taxa de ocupação de 90%.

Sendo essa uma tendência que veio a crescer nestes cinco anos, Rui Moreira não deixou de recordar quem antes criticava o projeto e contrapôs que foi alcançada neste período uma maturidade que permitiu ao TMP afirmar-se no panorama artístico e cultural internacional. "O mundo segue com atenção o trabalho do Teatro Municipal do Porto", declarou, referindo ainda a nova empresa municipal Ágora, que trará um novo impulso ao trabalho municipal no domínio da Cultura.

Num evento que teve tradução simultânea em Língua Gestual Portuguesa, o presidente da Câmara deixou ainda claro que o dinamismo do TMP prosseguirá forte ao deixar umas luzes sobre os próximos meses da programação, que o diretor artístico Tiago Guedes aprofundaria a seguir.

Assim, o Fórum do Futuro (de 3 a 9 de novembro) centrado nos 500 anos da viagem de Fernão de Magalhães e a celebração prolongada do 88.º aniversário do Rivoli, em janeiro, são apenas dois dos momentos altos da programação entre o corrente mês e fevereiro de 2020.

Antes, porém, a abertura da temporada faz-se - simbolicamente e não só - com o flamenco de "La Fiesta", um espetáculo de dança e música de Israel Galván, e o concerto "Colombiana" de Niño de Elche, já a 27 de setembro. Segue-se, nos dias 28 e 29, a estreia de "Party" da companhia portuense Estrutura que reúne Cátia Pinheiro e José Nunes.

Ainda neste mês, regressam a animação do Understage com Favela Discos e o projeto Vinte Minutos que envolve a ACE - Escola de Artes, balleteatro, ESAP e ESMAE, além do grande evento de design PDB - Porto Design Biennale que agrega os municípios do Porto e Matosinhos e a ESAD.

Vários nomes nacionais e estrangeiros entrarão no projeto do TMP ao longo dos próximos meses, seja para espetáculos ou seja para formação, projetos paralelos, parcerias, residências artísticas e outras formas de expressão e estimulação artística e criativa, como se pode comprovar na nova Agenda do TMP. A qual, aliás, é da autoria do designer Eduardo Aires, que assinou o sucesso criativo da marca "Porto.", e acaba de ser distinguida com um prémio de design em Nova Iorque.

Aberto o apetite para o que o Teatro Municipal do Porto reserva até fevereiro, a sala esvaziou-se e a multidão tomou conta da Praça de D. João I, onde se seguiu um concerto e onde milhares de agendas com a programação estavam disponíveis numa instalação que foi sendo desmontada à medida que cada um pegava na sua.

Pode acompanhar tudo o que aí vem AQUI ou descarregar a Agenda TMP setembro 2019/fevereiro 2020.