Cultura

Centro Português de Fotografia inaugura hoje a exposição "Mitos Adiados"

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A exposição "Mitos Adiados", que se instala a partir deste sábado no Centro Português de Fotografia (CPF), retrata um Douro saudosista e intemporal, marcante nos aspetos físico e geográfico. Com fotografias da autoria de Carlos Cardoso, a mostra fica patente até 11 de novembro e as entradas são gratuitas.

O trabalho de recolha fotográfica foi paciente, tal como as melhores castas das vinhas do Douro. Ano após ano, Carlos Cardoso reuniu a história do Douro, "mantendo a realidade das suas permanências e mudanças, a preto e branco, entre a memória das imagens e o seu significado, que só o contraste da sombra e da luz permitem clarificar", assinala o CPF em comunicado.

Ao longo do percurso expositivo, o visitante pode deixar-se levar pela magnificência dos socalcos que descem em ondas suaves até ao rio, pelas pontes e os túneis retratados por Emílio Biel, ou pelo trabalho da vinha e a vindima do seu aprendiz, Domingos Alvão, bem como as mimosas ou as amendoeiras em flor, do turismo do Estado Novo.

Quando a cor chegou, veio com ela as tonalidades sobrepostas do ouro dos solstícios e os vermelhos velhos. Este foi e é o Douro mítico, com os rabelos guiados por marinheiros, a descerem em fila até ao cais, as pipas rumo aos armazéns de Gaia.

Localizada no piso 2, a exposição é de entrada livre e pode ser visitada durante o horário de funcionamento do Centro Português de Fotografia: de segunda a sexta-feira, entre as 10 e as 18 horas, e aos sábados, domingos e feriados das 15 às 19 horas.