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Centro de Acolhimento de Emergência vai passar a disponibilizar formações aos cidadãos sem-abrigo

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Miguel Nogueira

Em setembro de 2017, reabriram-se as portas do antigo Hospital Joaquim Urbano a cidadãos sem-abrigo, um projeto piloto a nível nacional que deu um novo uso ao equipamento, transformando-o em Centro de Acolhimento de Emergência. Comprovado o sucesso da iniciativa, que inclusive mereceu o reconhecimento da Presidência da República, a Câmara do Porto dá mais outro passo no sentido da sua maximização, com o desenvolvimento de atividades de formação em carpintaria e hotelaria dirigidas às pessoas que ali costumam pernoitar.

A proposta, que parte de Fernando Paulo, vereador da Coesão Social e da Habitação - e será votada na próxima reunião de Executivo, que se realiza esta quinta-feira -, vai ao encontro do subscrito pela Câmara do Porto para a Estratégia Local de Integração de Pessoas em Situação de Sem-Abrigo. No documento, pressupõe-se a consolidação dos "mecanismos que potenciem a rentabilização dos meios já disponíveis para os cidadãos em situação de fragilidade extrema", através do desenvolvimento de "atividades de formação em carpintaria e hotelaria" no centro de Acolhimento de Emergência do Joaquim Urbano.

Com efeito, na proposta é referido que "nas antigas instalações do hospital Joaquim Urbano existe um espaço de cozinha e refeitório e um espaço de oficinas que se encontram atualmente desativados e que reúnem as características necessárias para o desenvolvimento das atividades referidas". Deste modo, o que será objeto de avaliação do Executivo municipal é uma adenda ao protocolo estabelecido com o Centro Hospitalar do Porto, entidade que, em julho de 2016, cedeu o pavilhão Álvaro Pimenta e a enfermaria do Hospital Joaquim Urbano, para que ali funcione o Centro de Acolhimento de Emergência.

Na adenda é corroborada a intenção do Município em efetivar o usufruto destes espaços, imprescindíveis para as atividades de formação que ali se pretendem levar a cabo.  

Com esta nova vertente, o Centro de Acolhimento de Emergência reforça o seu papel interventivo no contributo à reabilitação dos cidadãos sem-abrigo, capacitando-os com novas ferramentas que possibilitarão uma mais rápida reinserção na sua vida ativa.

A propósito, recorde-se que este projeto foi apresentado por Fernando Paulo ao grupo de trabalho da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas Sem-Abrigo, iniciativa promovida pela Presidência da República. O trabalho efetuado pelo Município do Porto, exemplo das boas práticas que podem ser seguidas neste domínio a nível nacional, valeu o reconhecimento do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Como também já foi noticiado pelo Porto., a próxima reunião da Estratégia Nacional para a Integração das Pessoas Sem-Abrigo realiza-se no Porto, em data a designar.