Câmara vendeu com mais valia terreno que ajudou a resolver problema do Aleixo
Notícia
Um terreno adquirido pela Câmara do Porto ao Fundo do Aleixo por 2,168 milhões de euros, foi vendido este mês por 2,485 milhões, produzindo um lucro à autarquia superior a 300 mil euros. A aquisição e venda do terreno foi decidida por Rui Moreira, na sequência da fórmula encontrada pelo atual executivo para resolver o problema encontrado, em 2013.
Com esta aquisição e com a entrada, simultânea, de um novo investidor privado - a Mota Engil - a Câmara do Porto resolve, assim, um dos mais complicados problemas encontrados pelo presidente da Câmara quando tomou posse. Em causa está a demolição das torres do Aleixo e o realojamento dos seus moradores, inquilinos municipais, decididos pelo anterior executivo.
O processo chegou a deitar duas torres abaixo, mas o fundo, constituído por promotores imobiliários e pela própria Câmara, nunca entregou a habitação social a que se tinha comprometido com o município e encontrava-se sem liquidez para cumprir as suas obrigações. A situação em 2013 era, pois, de impasse.
As soluções encontradas por Rui Moreira passaram pela diminuição da volumetria final do empreendimento a construir e pela recapitalização do fundo, através da entrada de um novo investidor, mas também através da aquisição de um terreno pelo seu valor histórico. A solução, que tinha sido criticada pela oposição, por alegadamente prejudicar a autarquia, revelou-se agora num ganho de gestão de mais de 300 mil euros a favor da autarquia.
Mas, além de arrecadar a verba, que agora poderá ser aplicada em projetos de habitação social na cidade, a Câmara do Porto viu resolvido o problema do Aleixo. O próximo passo é a entrega, por parte do fundo, das novas habitações sociais.