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Câmara satisfeita com nova estratégia de gestão para o Coliseu (c/ vídeo)

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Rui Moreira
disse hoje que "não gosta de quem diz coisas diferentes consoante o barrete que
enverga", respondendo a críticas acerca da forma como o seu executivo tem
contribuído para a viabilização do Coliseu do Porto e, simultaneamente, do
Pavilhão Rosa Mota. O presidente da Câmara respondia a Ricardo Almeida,
vereador do PSD, que questionou se havia em relação ao Coliseu um novo modelo
de gestão.


Rui Moreira
respondeu que o Coliseu tem hoje uma nova abordagem de gestão e lembrou que
"quem anda agora a levantar a dúvida sobre se o Pavilhão Rosa Mota pode ou não
matar o Coliseu é o mesmo que anteriormente defendeu um projeto multiusos ainda
maior para o Rosa Mota, quando ocupava outras funções", referindo-se, segundo
identificou o vereador do PSD, a José António Barros, ex-presidente da
Associação Empresarial de Portugal e anterior presidente da Direção da
Associação dos Amigos do Coliseu, que deixou a sala de espetáculos em situação
financeira muito difícil.


Ricardo
Almeida mostrou-se satisfeito com as respostas de Rui Moreira e de Eduardo Paz
Barroso, a quem o presidente da Câmara pediu que explicasse a nova estratégia.
O novo presidente da Direção da Associação Amigos do Coliseu disse que a
programação da sala leva em conta o todo que é a cidade e as restantes ofertas
que possui.


Rui Moreira
lembrou que, quando chegou à Câmara, não foi, inicialmente, reportado qualquer
problema financeiro no Coliseu do Porto por parte de José António Barros, mas
que, passado algum tempo, a anterior direção revelou graves problemas
financeiros, que punham em causa a continuação em funcionamento do Coliseu.
Desde então, a direção foi substituída e a Câmara Municipal do Porto, a
Secretaria de Estado da Cultura e o Conselho Metropolitano do Porto encontraram
novas soluções, nomeadamente, uma nova direção e um mecenas (Santa Casa da
Misericórdia de Lisboa).


Rui Moreira
revelou ainda que a Secretaria de Estado da Cultura se tem empenhado na
resolução dos problemas, nomeadamente na captação de um mecenas que Rui Moreira
afirmou "não ter caído do céu nem ter sido um milagre do presidente da Câmara.
Houve um empenho efetivo do senhor Secretário de Estado nesta matéria",
revelou.

Sobre o impedimento do Conselho Metropolitano em contribuir financeiramente para o Coliseu, Rui Moreira diss: "Existem pareceres contraditórios. A questão é saber se o CmP pode, de alguma maneira, contribuir. Se não pode, tem de entender que deixa de ser um dos principais ?stakehorlders' da Associação", esclareceu. O autarca disse ainda que, nesse caso, a Câmara terá de "ir pescar à linha outros municípios que tenham interesse em gerir o Coliseu".

Manuel Pizarro, o vereador do PS que celebrou uma coligação pós-eleitoral com o Rui Moreira, centrou a questão no interesse do CmP em apoiar o Coliseu e na facilidade de alterar a legislação: "O que me preocupa é se a legislação é do agrado da AMP. Se estiver interessada, pode sugerir ao Governo uma alteração legislativa que permita a participação metropolitana numa entidade que se quer metropolitana", frisou o vereador da Habitação da Câmara do Porto.


No final da
reunião, a maioria e a oposição mostraram-se satisfeitas com as explicações
dadas.