Mobilidade

Câmara já tem soluções para o trânsito na VCI

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A implementação de sistemas de atuação rápida para acidentes e de controlo de velocidade dinâmica, bem como a redefinição de portagens na rede circundante, são algumas propostas de um estudo para resolver o congestionamento da VCI, no Porto. O anúncio foi feito esta manhã pelo presidente da Câmara do Porto, Rui Moreira, em reunião do Conselho Metropolitano do Porto (CmP), que decorreu na Casa da Arquitetura, em Matosinhos, conforme adiantou a agência Lusa.

O estudo foi encomendado pela Câmara do Porto à Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP) para "levantamento da situação atual da Via de Cintura Interna (VCI)". Segundo Rui Moreira, o documento aponta também como soluções a retificação de nós de ligação da VCI à rede nacional e municipal.

No que concerne à sinistralidade, a VCI é a via que regista o maior número de acidentes na Área Metropolitana do Porto (AMP) - "mais de dois por dia, a que se somam imobilizações por avaria" -, sendo que a resolução de cada um dos acidentes "demora, em média, três horas".

Adiantando que o estudo será apresentado publicamente em breve, o autarca especificou aos jornalistas, no final da reunião, que "entre 20 a 60% do trânsito na VCI são atravessamentos" e, por isso, se justifica retirar a portagem existente na Circular Regional Exterior do Porto (CREP).

"Não sou a favor de portagens na VCI", sublinhou, mas o estudo indica que estão a ser penalizadas as vias circulares e a ser forçado o tráfego nas radiais. "E a VCI é uma radial", apontou Rui Moreira.

Estas soluções foram reveladas no âmbito da discussão do ponto da agenda de trabalhos sobre "Mobilidade na VCI - análise e propostas", em que o presidente da Câmara do Porto voltou a sublinhar ter tido conhecimento da entrada em vigor de radares na VCI, prevista para breve, pela comunicação social e não pela Infraestruturas de Portugal (IP).

Rui Moreira revelou também alguns dados de um estudo da Associação Comercial do Porto, datado de abril, sobre gestão da rede rodoviária nacional, afirmando que a atual colocação das portagens "conduz a um crescente condicionamento" em vias estruturantes do Porto e de Lisboa, designadamente VCI e Segunda Circular de Lisboa.

Para o presidente da Câmara, é "muito importante" os autarcas da AMP fazerem agora "uma avaliação" das conclusões dos estudos e, "com urgência", falarem com o ministro das Infraestruturas, Pedro Marques.

"Isto já não se resolve com a IP", sublinhou, recordando "os problemas" que têm existido com a entidade quanto ao Terminal Intermodal de Campanhã, Ponte Luiz I e Estrada da Circunvalação, cujo projeto de beneficiação está parado.

Segundo a Lusa, ambos os estudos têm conclusões semelhantes porque a situação "é muito grave na VCI", uma vez que "esgotou a sua capacidade", conforme disse o presidente da Câmara do Porto.

Rui Moreira defendeu, ainda, a redução da velocidade em algumas zonas da VCI, nomeadamente na descida do Dragão para a Ponte do Freixo.