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Câmara do Porto lembra que a causa do Bolhão é de todos os portuenses

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A causa do Bolhão é de toda a cidade e foi essa a mensagem que hoje o vice-presidente da Câmara do Porto quis deixar em visita ao velho mercado, prestes a encerrar para obras. A partir de 2 de maio, os seus comerciantes esperam os portuenses no Mercado Temporário. Neste período de transição, a experiência de compra, sempre positiva, dá ainda a ganhar uma coleção de brindes úteis.

Alhos, cebolas, meloa, cogumelos frescos, cajus e até pimentos para plantar foram algumas das compras que esta tarde Filipe Araújo, vice-presidente da Câmara do Porto, fez no Mercado do Bolhão. O também vereador da Inovação e Ambiente quis, numa visita informal, voltar ao icónico mercado antes de este fechar para obras, no final do mês.

De muitas outras visitas, o cidadão Filipe Araújo guarda na memória o acolhimento dos vendedores, os almoços que desfrutou nas esplanadas do piso térreo, sobretudo em dias de calor como o que hoje, mas também os sinais de estrago que se foram adensando, há muito expostos.

"O Bolhão é, de facto, o mercado dos portuenses; é um espaço que nos habituamos desde há muito tempo a viver e onde sabemos que temos os bons e os melhores produtos da região", disse à equipa de reportagem do Porto. "Infelizmente, nos últimos anos, a memória que tenho é de um mercado que se vem degradando, o que é algo que, aos portuenses, dói na alma".

Depois das compras, dirigiu-se ao balcão da campanha de fidelização dos clientes do Bolhão (situado na entrada pela Rua de Fernandes Tomás), para receber o carimbo a que teve direito na sua caderneta. Desde que esta iniciativa foi iniciada, no passado dia 9, já foram distribuídas cerca de 500 cadernetas, por outros tantos compradores, que dão acesso a brindes.

Com esta ação, a Câmara do Porto pretende apelar às compras no Bolhão, convidando os portuenses a manter, e inclusive aprofundar, os vínculos ao mercado. Esta é a melhor forma de demonstrar apoio à comunidade de comerciantes, acompanhando-a agora e durante o período em que permanecerá, com as bancas abertas, no Mercado Temporário criado no centro comercial La Vie.

"Estamos num processo que todos os portuenses ambicionavam, em que o mercado vai ser, de facto, reabilitado", lembrou Filipe Araújo, manifestando o seu agrado em poder continuar a fazer compras "com as mesmas pessoas e com a mesma vivência" que encontra no Bolhão num espaço totalmente apetrechado, a menos de 200 metros da casa-mãe.

Recorde-se que o Mercado Temporário do Bolhão abre no dia 2 de maio, já com os comerciantes devidamente instalados. Facilitar a transferência para o espaço, que estará ativo durante os dois anos de obras no edifício emblemático do Bolhão, é o grande propósito da Câmara e naturalmente de toda a cidade.

Há cerca de 40 anos que o Porto pedia obras no Mercado do Bolhão. O projeto de restauro e modernização está prestes a começar, sendo que o regresso dos comerciantes ao seu lugar de sempre é uma certeza.

Durante este processo de transição, a autarquia manterá ativa uma campanha de divulgação. Além da ação de fidelização de clientes - com a atribuição de brindes úteis
- decorrerão outras iniciativas, como é o caso de ativações em espaços da cidade. Neste contexto, desde o passado fim de semana que o mercado está no Metro do Bolhão.