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Câmara do Porto já baixou mais o endividamento neste mandato do que nos três mandatos anteriores

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O relatório de prestação de contas de 2016 vai ser apreciado
na próxima semana pelo Executivo Municipal. O documento, que posteriormente
será votado em Assembleia Municipal, espelha um ano histórico de redução de
endividamento bancário e o maior saldo de gerência de sempre da autarquia. São
estas contas que permitirão à Câmara do Porto concluir projetos iniciados no
presente mandato, como o restauro do Mercado do Bolhão ou a reabilitação do
Matadouro Municipal.


Quando Rui Moreira tomou posse, em 2013, o ano fechou com um
endividamento bancário superior a 90 milhões de euros (90.260.446,78 euros),
situando-se em dezembro de 2016 em valores abaixo dos 30 milhões (28.251.354,00 euros). Esta redução,
superior a 62 milhões de euros, apenas parcialmente reflete uma transferência
de cerca de 28 milhões de euros, efetuada em finais de 2016 pelo Estado,
referente a parte do Acordo do Porto.


Mesmo que esta transferência não tivesse
sido realizada e a Câmara não tivesse amortizado essa parte da dívida bancária
que encontrou em 2013, a redução da dívida bancária efetuada no mandato de Rui
Moreira teria sido superior à conseguida no conjunto dos três mandatos
anteriores, ou seja, entre 2001 e 2013.


No final de 2001 a dívida
bancária da autarquia era de 104 milhões de euros, tendo crescido até 2004, ano
em que atingiu os 156 milhões de euros e descido, desde então, até aos 90
milhões de euros, em 2013. Ou seja, a variação desde o início do Século, até ao
início do presente mandato autárquico não foi além de 14 milhões de euros. Em
três anos, o atual executivo amortizou 62 milhões.


Em matéria de redução da dívida total, que
inclui dívidas a fornecedores e leasing, a variação nos anteriores mandatos foi
maior, atingindo os 50 milhões de euros. Mas também aí, o executivo de Rui
Moreira conseguiu reduzir mais a dívida em três anos do que nos 12 anteriores,
já que as contas de 2016 mostram uma redução superior a 54 milhões.


Igualmente relevante é o abrandamento da
alienação de património. Entre 2001 e 2013 a Câmara do Porto vendeu ou permutou
mais de 84 milhões de euros em imóveis ou terrenos, valor que reduz para 14
milhões no atual
mandato.