Sociedade

Câmara do Porto aloja cerca de 300 pessoas no Centro Histórico em regime social

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Miguel Nogueira

A Câmara do Porto vai investir quase quatro milhões de euros na
reabilitação de 96 fogos no centro histórico, com capacidade para alojar 300
pessoas.


"No fim deste programa vamos colocar 300 pessoas no centro
histórico. Uma grande parte são pessoas novas. Menos de meia dúzia de fogos
estão habitados e pessoas vão-se manter. Em alguns casos, vamos usar estas
casas para transferências dentro do centro histórico. Só este programa
representa 3% da população do centro histórico", revelou ontem Manuel Pizarro
em reunião de executivo.


Para a Câmara do Porto este é o primeiro programa público para
fazer regressar as pessoas ao centro histórico. "Nunca tinha havido uma
política da Câmara do Porto que visasse trazer pessoas da periferia para o
centro histórico", afirmou Pizarro. Numa primeira fase, autarquia vai dar oportunidade
de regresso às pessoas que saíram do centro histórico para bairros e só depois
colocará os outros.


Rui Moreira disse a propósito que a futura preocupação da Câmara
"será ter mercado de arrendamento disponível para a classe média, porque também
tem direito a viver no centro histórico. O mercado não tem capacidade para
disponibilizar arrendamento em condições sustentáveis para a classe média,
muito menos para habitação social", afirmou o presidente da Câmara, assumindo existir
"uma falha de mercado no centro histórico, mas que não é justo dizer que é por
causa do turismo".


Segundo Rui Moreira, "muitas pessoas saíram do centro histórico porque
quiseram sair" e "agora que o centro histórico tem outras condições, a maré
inverteu-se".


Os edifícios situam-se na rua da Arménia, rua de Trás, rua do
Infante D. Henrique, rua de Cima do Muro, rua da Reboleira rua Tomás Gonzaga e
rua D. Hugo.