Mobilidade

Câmara alarga área de teste à circulação de bicicletas nos corredores BUS

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Filipa Brito

Vai ser votado pelo Executivo Municipal o prolongamento e alargamento do programa piloto de circulação de bicicletas em corredores BUS, que passará a incluir mais dois arruamentos da cidade, que se juntam à Rua de Costa Cabral, onde a experiência começou por ser implementada.

O balanço do ensaio feito pela Câmara do Porto na Rua de Costa Cabral foi positivo, com o relatório de monitorização deste projeto piloto, elaborado pela Faculdade de Engenharia da Universidade do Porto (FEUP), a notar que existiu um aumento da procura por parte de ciclistas nesta via.

No que respeita à segurança, o relatório não detetou uma degradação das condições resultante da circulação de velocípedes nos corredores BUS, frisando também que não se registou impacto negativo da introdução da medida na operação dos transportes públicos, tendo em conta as velocidades comerciais médias. Ainda assim, os motoristas da STCP (Sociedade de Transportes Colectivos do Porto) e os taxistas mostraram reservas.

Em sentido contrário, regista a análise da FEUP, "os ciclistas estão claramente satisfeitos com a medida e o alargamento da mesma para outros locais da cidade".

Ponderados os benefícios desta medida, a vereadora do Pelouro dos Transportes, Cristina Pimentel, proporá o alargamento da autorização de circulação de bicicletas nos corredores BUS à Rua da Constituição (entre as rua de Serpa Pinto e de Pedro Hispano) e à Rua do Dr. Roberto Frias (Asprela), a título experimental e pelo período de 36 meses.

Da proposta a votar pelo Executivo consta igualmente o prolongamento, por mais 18 meses, da autorização à circulação de velocípedes no corredor BUS da Rua de Costa Cabral, tendo em consideração as conclusões do relatório de monitorização.

A Câmara do Porto apresentou, este ano, um plano de expansão da rede de ciclovias com o objetivo de alargar em mais 35 quilómetros a rede de percursos cicláveis da cidade até final de 2020, passando a totalizar 50 quilómetros. Deste plano resultará uma rede estruturante de percursos, a que se juntará a disponibilização de 130 lugares de aparcamento para bicicletas em parques vigiados - "que poderão duplicar ou triplicar" à medida das necessidades, acrescentava a vereadora.