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Aviões do RedBull Air Race já estão a chegar ao Porto

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Os primeiros aviões que vão participar na competição mundial do RedBull Air Race já estão a chegar ao Porto, transportados com grandes aviões de carga que aterram no Aeroporto do Porto. Nos dias 2 e 3 de setembro, vão animar os céus da Invicta num regresso muito aguardado.

Os aviões e diverso material logístico chegaram de Kazan, na Rússia, onde no passado fim-de-semana decorreu a anterior prova do campeonato e foram transportados por um dos maiores aviões do mundo, o Boeing 747 Cargo.

Será o maior evento desportivo do ano em Portugal. Perdido pela cidade em 2010, regressa graças à união entre os Municípios e as entidades de Turismo. Rui Moreira diz que é sustentável, importante para a imagem da cidade e reforça o orgulho portuense.

 

O anúncio foi feito em março, no Porto, pela organização da prova, pelos presidentes das Câmaras do Porto e de Vila Nova de Gaia e pelo presidente da Entidade de Turismo Porto e Norte. Turismo de Portugal e Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Regional do Norte foram elogiadas pelo papel que desempenharam na viabilização do evento que custará cerca de três milhões de euros. Às autarquias de Porto e Gaia caberá o pagamento de apenas 225 mil euros, cada, a que acrescem alguns custos logísticos ainda a apurar.


Para Rui Moreira, "a diversificação de públicos que tem sido conseguida, tocando várias modalidades desportivas, tem sido importante para criar visibilidade em vários pontos do mundo e em diversos nichos", referindo-se à realização do Mundial de Fórmula 1 em Motonáutica e de uma Street Stage do Rally de Portugal, nos dois últimos anos, mas acrescenta: "A Red Bull Air Race é, contudo, a que mais público concentra, a que garante, com os apoios conseguidos, os melhores níveis de sustentabilidade económica e, simultaneamente, cria menos constrangimentos à cidade".


O autarca mostrou-se ainda particularmente satisfeito por se saber que "este é um regresso bem vindo e até muito ansiado pelos portuenses", já que prova foi perdida pelo Porto, em condições que, na altura, a opinião pública não entendeu bem. "O seu regresso, com os apoios que foram conseguidos, com a articulação entre Porto e Gaia e com o empenho das entidades nacionais e regionais de turismo e de coordenação, é, além do mais, uma conquista da região e a demonstração que a união política e de vontades, pode fazer milagres". Rui Moreira deixou ainda um agradecimento especial a Melchior Moreira, presidente da Entidade Regional de Turismo Porto e Norte, pelo empenho pessoal que colocou neste regresso.

 

A etapa portuguesa terá lugar no primeiro fim de semana de setembro e será a sexta e antepenúltima de um calendário composto por oito provas.




Tal como nas anteriores três visitas ao Porto, nos anos de 2007, 2008 e 2009, o circuito será desenhado entre a Ponte da Arrábida e a Ponte Luiz I. De acordo com a organização do evento, esta vai ser uma das provas mais rápidas e desafiantes que os pilotos têm de enfrentar ao longo da temporada e promete, como no passado, encher por completo as zonas ribeirinhas de Porto e Gaia. Trata-se, aliás, do evento com maior potencial de público realizado em Portugal num fim de semana.

 

A pista temporária no Queimódromo continuará a ser a base operacional da prova que, em 2017, se desenrolará ao longo de três dias, a 1, 2 e 3 de setembro, entre treinos livres (sexta-feira), qualificações (sábado) e finais (domingo).

 

Uma das novidades na estrutura da prova, face às anteriores edições, é a divisão dos participantes em duas séries distintas: a "Master Class", com 14 pilotos, e a mais recente "Challenger Class", para já com nove pilotos que se iniciam nesta exigente competição.

 

Criada em 2003 e transformada em Campeonato do Mundo em 2005, a Red Bull Air Race é seguida por milhões de fãs em todo o mundo. Organizada pela Red Bull International, a competição envolve os melhores pilotos de corridas aéreas a nível mundial, num desafio que combina velocidade, precisão e destreza.

 

Equipados com as mais modernas aeronaves da atualidade, os ases dos ares executam manobras vertiginosas e alucinantes, numa luta constante contra o cronómetro, ao longo de um traçado delimitado por pórticos insufláveis, onde se atingem velocidades acima dos 400 km/hora (a baixa altitude) e se podem superar os 10 G de aceleração.

 

As três edições realizadas em Portugal, nas cidades do Porto e de Gaia, continuam a figurar no registo dos maiores recordes de assistência averbados neste campeonato.

 

O alemão Mathias Dolderer é o atual campeão em título, integrando o lote de sete pilotos inscritos em 2017 que já voaram sobre as águas do Douro em anteriores edições.

 

Em Portugal, a SIC será a televisão oficial do evento, que será transmitido a nível planetário para uma audiência estimada em 300 milhões de telespetadores.