Mobilidade

Automóvel continua a ser o principal transporte na Área Metropolitana do Porto

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Miguel Nogueira

O automóvel foi o principal meio de transporte nas deslocações dos residentes das Áreas Metropolitanas do Porto (AMP) e de Lisboa (AML), segundo o primeiro inquérito à mobilidade das duas áreas divulgado hoje pelo Instituto Nacional de Estatística (INE).
Centrando-nos nos dados relativos à Área Metropolitana do Porto, segundo o estudo, o principal motivo das deslocações foi o trabalho (30,3%) sendo que as viagens efetuadas pelos residentes da AMP duraram, em média, 21,8 minutos.

De acordo com a Lusa, os resultados provisórios do inquérito que, pela primeira vez, estuda os hábitos de deslocação de cerca de um milhão de pessoas, revelam que o automóvel liderou as deslocações de forma mais marcante no Porto, com 67,7% (58,9% em Lisboa), considerando a globalidade dos dias da semana.

A população móvel - o conjunto de pessoas que realizaram pelo menos uma viagem com início no dia de referência do inquérito - situou-se em 78,9% do total da população residente na AMP, sendo que nos dias úteis este indicador ascendeu a 82,9%. 

Analisando as deslocações realizadas segundo o município de destino, o Porto é o segundo ou o terceiro principal nas deslocações com origem em oito dos 17 municípios da AMP, nomeadamente Maia, Matosinhos, Valongo, Gondomar, Póvoa de Varzim, Vila Nova de Gaia, Santo Tirso e Paredes.

Cerca de 24% do total de deslocações entre municípios da AMP tinham como destino o município do Porto. Já as deslocações intramunicipais representaram 71,0% na AMP face ao total de deslocações com origem e destino na respetiva área metropolitana.

Os principais motivos que levaram os residentes na Área Metropolitana do Porto a optar pelo transporte individual foram a "rapidez" (assinalado por 58,4%) e o "conforto" (49,8%). Foram também apontados os motivos de "rede de transportes públicos sem ligação direta ao destino", "ausência de alternativa" e "serviços de transporte público sem a frequência ou fiabilidade necessárias".

Os transportes públicos e/ou coletivos, como principal meio de transporte, representaram 11,1% na AMP. Neste âmbito, o autocarro foi primordial para os residentes na AMP, ao corresponder a 61,0% daquele segmento, enquanto para os residentes na AML a sua expressão entre a totalidade de transporte público/coletivo se situou em 49,6%, refletindo a oferta mais diversificada de transporte ferroviário (ligeiro e pesado) e fluvial (rios Tejo e Sado), em função da diferença de geografia.

Na AMP, registaram-se valores mais elevados e acima da média metropolitana no que diz respeito à utilização do transporte público ou coletivo no Porto (18,5%) e Gondomar (16,8%) e ainda em quatro municípios contíguos a estes dois territórios municipais - Matosinhos (13,8%), Valongo (13,3%), Vila Nova de Gaia (11,5%) e Maia (11,2%).

Segundo o INE e de acordo com as estimativas mais recentes, na Área Metropolitana do Porto residem 1,60 milhões de pessoas e na Área Metropolitana de Lisboa 2,57 milhões. Dados dos censos de 2011 registaram que o automóvel ligeiro particular foi o principal meio de transporte, sendo utilizado por quase dois terços dos residentes na AMP e por mais de metade dos residentes na AML.