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Assembleia Municipal condena e repudia atos de racismo contra Marega

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A Assembleia Municipal do Porto aprovou por unanimidade um voto de condenação e repúdio contra o racismo de que foi alvo o jogador Marega, do Futebol Clube do Porto, por parte de adeptos do Vitória de Guimarães, durante o jogo em que os azuis e brancos defrontaram a equipa minhota, no passado domingo. Todas as forças políticas prepararam e assinaram o texto em conjunto, lido pelo presidente da Assembleia Municipal do Porto, Miguel Pereira Leite.

Durante a apresentação do voto de condenação contra o racismo na noite desta segunda-feira, Miguel Pereira Leite destacou que a atitude de Moussa Marega, nascido em França e com ascendência malinense, "deve ser saudada e aplaudida, pois configura um exemplo do comportamento que nos defende a todos e todas perante a intolerância, o racismo e o preconceito".

Salientou ainda, enquanto porta-voz dos grupos municipais representados na Assembleia Municipal do Porto, que "todas as manifestações racistas, quaisquer que sejam os contextos em que se praticam", devem ser condenadas.

Em resumo, a proposta de voto, subscrita por todos os partidos e forças políticas e subdividida em três pontos, assinala que a Assembleia Municipal do Porto:

1.Condena e repudia as manifestações racistas dirigidas a Moussa Marega;

2.Condena e repudia todas as manifestações racistas, qualquer que seja o contexto em que se verifiquem, e em especial do desporto;

3.Exprime o seu empenho na garantia de que as entidades competentes atuem no sentido de apurar as responsabilidades na situação em causa e em todas as situações como esta; e densificar os instrumentos de intervenção a todos os níveis, particularmente no universo do desporto, no sentido de combater o racismo.

Foi no decorrer do jogo da 21.ª jornada do campeonato de futebol português, no dia 16, que colocou frente a frente o Vitória Sport Clube e o Futebol Clube do Porto, no estádio de D. Afonso Henriques, em Guimarães, que Moussa Marega, de 28 anos, "foi vítima de cânticos racistas, o que culminou com o abandono do jogo pelo desportista".

A Assembleia Municipal do Porto, que condena e repudia qualquer ato de racismo, lamentou ainda constatar que "este caso é representativo do aumento de manifestações racistas na sociedade portuguesa, com incidência também preocupante no desporto".